António Costa falava aos jornalistas na Câmara Municipal de Monchique (distrito de Faro), após uma reunião com autarcas dos concelhos afetados pelo incêndio (Monchique, Portimão e Silves), outros membros do Governo e entidades da região do Algarve.
O primeiro-ministro indicou que 13 primeiras habitações se situam em Alferce e as restantes quatro em Monchique.
Questionado pelos jornalistas, o presidente da Câmara de Monchique indicou que estas 17 habitações necessitam de uma “reconstrução total”.
Quanto às pessoas que tiveram de ser retiradas das suas casas, António Costa indicou que que os desalojados de Silves já regressaram todos à suas habitações e que em Portimão não há desalojados.
Em Monchique, só 11 pessoas de cinco agregados não têm condições para regressar às suas casas.
Em matéria de habitação, vão estar disponíveis os apoios previstos no programa Porta de Entrada, indicou.
Questionado sobre o valor previsto destes apoios, o primeiro-ministro disse que não é possível “quantificar”, uma vez que estes variam consoante se trata de reconstrução, reabilitação ou arrendamento provisório ou definitivo de nova habitação, por exemplo.
Por outro lado, António Costa anunciou que, “a partir da próxima semana”, a segurança social terá quatro linhas de atendimento para prestar esclarecimentos sobre apoios financeiros, bem como duas unidades móveis para outro tipo de ajudas, como a renovação de documentos.
“As diferentes necessidades estão identificadas e em nenhuma faltam medidas de resposta adequada”, garantiu António Costa, quando questionado se os apoios são suficientes.
O incêndio rural, combatido por mais de mil operacionais e considerado dominado hoje de manhã, deflagrou no dia 03 à tarde, em Monchique, distrito de Faro, e atingiu também o concelho vizinho de Silves, depois de ter afetado, com menor impacto, os municípios de Portimão (no mesmo distrito) e de Odemira (distrito de Beja).
A Proteção Civil atualizou o número de feridos para 41, um dos quais em estado grave (uma idosa que se mantém internada em Lisboa).
De acordo com o Sistema Europeu de Informação de Incêndios Florestais, as chamas já consumiram cerca de 27 mil hectares. Em 2003, um grande incêndio destruiu cerca de 41 mil hectares nos concelhos de Monchique, Portimão, Aljezur e Lagos.
Na terça-feira, ao quinto dia de incêndio, as operações passaram a ter coordenação nacional, na dependência direta do comandante nacional da Proteção Civil, depois de terem estado sob a gestão do comando distrital.
[Notícia atualizada às 20:19]
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