
O ataque teve lugar na quarta-feira à noite na aldeia de Tambi, no território de Masisi, na província de Kivu Norte, controlada pelos rebeldes M23, apoiados pelo Ruanda.
Uma fonte de segurança confirmou à AFP que pelo menos 35 pessoas tinham sido mortas no ataque, enquanto fontes locais e uma testemunha entrevistada pela AFP estimaram o número de mortos em mais de 40.
De acordo com um líder comunitário e uma fonte médica, os habitantes da aldeia atacada tinham regressado recentemente à zona depois de terem fugido dos combates entre o M23 e o exército da RDCongo e as milícias aliadas.
“Os milicianos ‘wazalendo’ [em suaíli para patriotas] foram atacar Tambi, onde os habitantes estavam a começar a regressar (…) dispararam e os civis foram mortos”, explicou o líder comunitário, que referiu 43 mortos.
Os diferentes grupos que compõem o ‘wazalendo’, que apoiam as forças armadas da RDCongo (FARDC) contra o M23, são regularmente acusados de abusos contra civis.
Igualmente acusado de abusos, o M23, apoiado, segundo os peritos da ONU, por cerca de quatro mil soldados ruandeses, voltou a pegar em armas em 2021 contra o Governo de Kinshasa e apoderou-se de vastas áreas de território na província de Kivu Norte, na fronteira com o Ruanda.
Numa recente ofensiva relâmpago, o M23 capturou Goma, a capital do Kivu Norte, e Bukavu, a capital da província vizinha do Kivu Sul.
O leste da RDCongo é devastado por conflitos e atrocidades há cerca de 30 anos.
EL // JMC
Lusa/Fim
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