“Partilho a grande inquietação de milhões de (norte-)americanos depois da busca sem precedente na residência privada do presidente Trump”, escreveu Pence na rede social Twitter.

Na noite de segunda-feira, Trump disse, em comunicado, que a sua luxuosa mansão da Florida tinha sido “investigada e ocupada por numerosos agentes” do FBI. Contactado pela AFP, a polícia federal não quis fazer comentários.

Os conservadores foram unânimes em criticar uma “perseguição política”. Pence, cuja reação foi das mais tardias, considerou que os “atos de ontem [segunda-feira] minam a confiança do público no sistema judicial”. Pence e Trump distanciaram-se depois de aquele ter recusado opor-se à certificação da vitória de Joe Biden na eleição presidencial de 2020, apesar dos pedidos de Trump. A dupla pode disputar a nomeação republicana para a candidatura às presidenciais em 2024.

Entretanto, o multimilionário Trump pediu aos seus apoiantes que lhe deem dinheiro, através do seu sítio na internet, para enfrentar “a caça às bruxas” que diz estar a ser organizada contra si, depois das buscas do FBI à sua mansão de Palm Beach, em Mar-a-Lago, à procura de documentação oficial. Na carta enviada aos assinantes da sua plataforma digital, Trump pede que “se apressem” a fazer uma doação “imediatamente”, para o apoiar “contra esta caça às bruxas interminável”.

E hoje, no dia seguinte às buscas em Mar-a-Lago, um tribunal autorizou uma comissão da Câmara dos Representantes a aceder às declarações fiscais de Trump. Esta decisão chega um ano depois de o Supremo Tribunal de Justiça dos EUA ter ordenado a Trump que entregasse as suas declarações de impostos a um procurador que investigava as suas finanças em Nova Iorque.

O Tribunal de Apelo do Distrito de Columbia, onde está a cidade de Washington, rejeitou as alegações dos advogados de Trump, que sustentavam que quando uma comissão do Congresso solicita esta informação deve ter “um propósito legislativo legítimo”.

Trump foi o primeiro presidente dos EUA desde Gerald Ford (1974-1977) a não divulgar anualmente a sua declaração de impostos, uma tradição que os seus antecessores consideravam parte do seu dever de transparência e prestação de contas à população.

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