O vice-diretor de logística do Estado-Maior dos EUA, general Hank Taylor, disse hoje, em conferência de imprensa, que os seus serviços não acreditam que tenha havido uma segunda explosão no atentado de quinta-feira “dentro ou perto” do Hotel Baron, perto do aeroporto de Cabul.
“Portanto, houve apenas um homem-bomba”, disse Taylor, acrescentando que os serviços norte-americanos ainda não têm certeza de como o relatório inicial, incorreto, foi divulgado, atribuindo o erro a uma possível “confusão durante eventos dinâmicos”.
Na mesma conferência de imprensa, o porta-voz do Pentágono John Kirby garantiu que a missão para retirar milhares de pessoas do aeroporto de Cabul ainda enfrenta “ameaças específicas e credíveis”, mas assegurou que as forças militares norte-americanas que controlam as instalações vão prosseguir a sua tarefa até 31 de agosto, prazo final para a saída do Afeganistão.
“À medida que nos aproximamos (dessa data), verão movimento para retirar as nossas tropas e alguns dos nossos equipamentos (…) mas poderemos tirar as pessoas por via aérea até o último momento”, assegurou Kirby.
O Pentágono mostrou-se ainda determinado em investigar o atentado no aeroporto de Cabul, procurando esclarecer se houve alguma quebra de segurança por parte dos talibãs, mostrando-se convencido de que os autores do ataque foram grupos ligados ao movimento ‘jihadista’ Estado Islâmico (EI).
Hank Taylor confirmou que os EUA mantêm mais de cinco mil soldados no aeroporto de Cabul e que, nas últimas 24 horas, 89 voos retiraram 12.500 pessoas do Afeganistão, incluindo 300 norte-americanos, elevado o total de cidadãos dos EUA retirados para 5.100.
No total, o número de pessoas retiradas de Cabul desde 14 de agosto é de 111.000, dos quais 7.000 são afegãos que já chegaram aos EUA e são candidatos a um visto especial de imigração, que Washington está a conceder a tradutores e trabalhadores que colaboraram com os soldados norte-americanos no Afeganistão.
Taylor estima que 5.400 pessoas estão atualmente no aeroporto de Cabul, aguardando a possibilidade de sair da cidade num dos voos militares dos EUA.
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