Este valor total representa um aumento de 54,1% em comparação com o período homólogo de 2020.

Os valores hoje atualizados pelo Governo espanhol, que contabilizam as entradas irregulares entre 01 de janeiro e o passado domingo (15 de agosto), continuam a não incluir o fluxo migratório registado em maio passado em Ceuta.

Entre 17 e 18 de maio, Ceuta, território espanhol no norte de Marrocos, testemunhou um fluxo migratório sem precedentes, quando viu chegar cerca de 10 mil migrantes procedentes de Marrocos, na maioria cidadãos marroquinos, mas também outros oriundos da África subsaariana.

Segundo os mesmos dados, a maioria dos migrantes que chegaram até meados de agosto ao território espanhol fê-lo por mar: 17.060 pessoas, a bordo de 1.101 embarcações.

Em termos homólogos, este número representa um aumento de 61,5% em relação ao ano passado.

Entre as várias zonas do território espanhol, as ilhas Canárias e Baleares apresentam os números de chegadas irregulares por mar mais elevados, 8.222 (um aumento de 144% face ao mesmo período de 2020) e 8.246 (mais 16% em comparação ao ano passado), respetivamente.

Outros 588 migrantes também chegaram por mar a Ceuta, um número expressivo quando comparado com os 93 migrantes que foram contabilizados em 2020.

Já em Melilla, outro enclave espanhol situado junto à costa marroquina, os dados atualizados do Ministério do Interior espanhol apontam para um decréscimo das chegadas irregulares por via marítima, de sete em 2020 para quatro até meados do mês corrente.

Sem contabilizar os números associados ao fluxo migratório registado em maio em Ceuta, o executivo espanhol informou que, até 15 de agosto, foram registadas 1.383 entradas irregulares por via terrestre nestes dois enclaves, o que representa menos 18 pessoas do que no mesmo período de 2020.

Espanha, a par da Grécia, Itália ou Malta, é um dos países da “linha da frente” ao nível das chegadas de migrantes irregulares à Europa.