Orpo, que venceu as eleições legislativas em 02 de abril, obteve hoje 107 votos a favor e 81 contra no Parlamento. Outros onze deputados não compareceram à sessão de votação.
O novo primeiro-ministro, do conservador Partido de Coligação Nacional, liderará um governo formado ainda pelo Partido dos Finlandeses [de extrema-direita], pelo Partido do Povo Sueco [SFP – representante da minoria finlandesa de língua sueca] – e os democratas-cristãos, numa coligação que tem maioria absoluta com 108 deputados de um total de 200 no Parlamento.
O novo Executivo – o mais conservador da história recente do país, segundo os meios de comunicação locais – é formado por doze mulheres e sete homens, tendo uma presença feminina maior em relação ao Executivo cessante da social-democrata Sanna Marin.
Além do chefe de Governo, o Partido de Coligação Nacional – que conquistou 48 deputados nas últimas eleições – vai assumir sete ministérios: Negócios Estrangeiros, Defesa, Meio Ambiente, Trabalho e Cultura.
O ministério dos Negócios Estrangeiros será assumido pela vice-presidente do Partido de Coligação Nacional, Elina Valtonen, enquanto o ministério da Defesa ficará a cargo de Antti Häkkänen, também vice-presidente do partido, a quem caberá integrar os sistemas defensivos da Finlândia na NATO, após a sua recente entrada na Aliança Atlântica.
O Partido dos Finlandeses, o segundo mais votado nas últimas eleições, com 46 deputados, também terá sete ministérios, incluindo Finanças – que será ocupada pela sua líder, Riikka Purra -, Interior, Justiça, Comércio Externo e Saúde.
Desta forma, este partido de extrema-direita e eurocético assume o controlo de vários cargos importantes no Governo finlandês e terá grande peso na hora de ditar as políticas económicas e de imigração.
Além disso, a presidência do parlamento ficará nas mãos do ex-líder do partido de extrema-direita, Jussi Halla-aho, mentor de Purra e representante da ala mais xenófoba da formação, condenado em 2012 por publicar opiniões anti-islâmicas na sua página pessoal na internet.
O SFP, um pequeno partido que esteve em quase todos os Executivos finlandeses do último meio século, exceto um, vai assumir os ministérios da Educação, dos Assuntos Europeus e do Desporto, embora este último apenas durante meia legislatura.
A outra metade da legislatura, o ministério do Desporto será comandado pelo menor parceiro da coligação, o Partido Democrata-Cristão, que também assumirá o ministério da Agricultura.
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