A decisão foi adotada por "99%" dos pilotos contratados diretamente pela Ryanair, que são filiados na Associação dos Pilotos da Irish Airlines (IALPA), cerca de cem, segundo fontes deste grupo citadas pela Efe.

Após meses de negociações, a IALPA diz que a empresa não está a "levar a sério" as exigências dos pilotos e que não houve progressos suficientes em relação à melhoria salarial e condições de trabalho.

Em situação semelhante estão os tripulantes de cabine das bases europeias e norte-africanas da Ryanair, cujos representantes estão reunidos hoje e amanhã em Dublim para apresentarem uma carta com as suas exigências à empresa e avaliar a convocação de greves no verão, caso a resposta seja negativa.

Os "Tripulantes de Cabine Unidos" da Ryanair (CCU, na sigla em inglês), que representam mais de cinco mil trabalhadores, alertaram que poderiam parar no final de julho ou início de agosto, afetando milhares de passageiros nos dias mais críticos da época estival.

A companhia aérea ‘low cost’ abriu uma outra frente de batalha no início deste ano com as greves dos controladores de tráfego aéreo franceses, que levaram ao cancelamento de voos, afetando mais de 750 mil passageiros até hoje.

A Ryanair informou hoje que as paragens dos controladores de tráfego aéreo e a falta de pessoal nos seus quadros franceses, ingleses e alemães causaram a suspensão de mais de 1.100 voos durante o mês de junho, em comparação com os 41 registados no mesmo mês do ano anterior.

A empresa voltou a pedir à Comissão Europeia e aos governos da União Europeia que "tomem medidas urgentes" para evitar o colapso do controlo do tráfego aéreo neste verão e "amortecer o impacto" nos "milhões de planos de férias" dos passageiros.

“Lamentavelmente, mais de 210 mil clientes da Ryanair tiveram os seus voos cancelados em junho como resultado dos quatro fins de semana de greve e da contínua falta de pessoal no Reino Unido, França e Alemanha", disse em comunicado o diretor de marketing da companhia aérea, Kenny Jacobs.