A Associação de Pilotos Irlandeses de Companhias Aéreas (IALPA, em inglês), afiliada do sindicato Fórsa, decidiu avançar para nova greve depois de a companhia aérea de baixo custo ter apresentado um plano para reduzir em 20%, de 30 a 24 aviões, a sua frota na Irlanda, a partir de outubro, e com a possível supressão de 300 postos de trabalho.
O anúncio surge no primeiro de dois dias de greve dos tripulantes de cabine da transportadora irlandesa de Portugal, Espanha e Bélgica e na paralisação de 24 horas em Itália.
Segundo o sindicato, a decisão de reduzir operações e o aviso sobre despedimentos foi “desnecessário e imprudente”, além de demonstrar a “falta de vontade ou capacidade” da empresa em negociar com os representantes sindicais eleitos.
Num comunicado à Bolsa de Londres, a companhia aérea indicou que o plano de reestruturação inclui a transferência de vários aviões para a Polónia, onde regista crescimento, e a diminuição de reserva na Irlanda, referindo serem estas consequências das greves.
A Ryanair disse ter emitido pré-avisos de possíveis despedimentos de mais de 100 pilotos e 200 tripulantes da sua base de Dublin, a quem será oferecida a possibilidade de mudarem-se para a Polónia ou outras vazes.
A IALPA tinha já convocado greves para 12,20 e 24 de julho, tendo a Ryanair assegurado que o impacto destas paralisações tinha sido "mínimo", graças ao recurso a pilotos contratados indiretamente ou que são trabalhadores independentes.
Depois da marcação do novo protesto, a Ryanair convidou a IALPA e o Fórsa para uma reunião esta tarde, em Dublin, para discutir questões relacionadas com o reconhecimento da antiguidade como critério de promoção e a introdução de um sistema transparente que facilite a mobilidade dos pilotos entre as bases da companhia.
O Fórsa tem acusado a companhia de não querer manter conversas “significativas” e que apenas quer ganhar tempo para garantir o êxito da operação no verão.
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