A investigação da PJ encontrou "dezenas de contratos públicos, por ajuste direto, para a mesma empresa, Vianas, S.A", de Gondomar, totalizando "quase 1.793.906 euros, do erário público, só em Lisboa", adianta a RTP.

Segundo a notícia, a PJ remeteu já para o Ministério Público as conclusões da investigação realizada, indiciando cinco arguidos: Manuel Vianas, de Vianas S.A., Frederico Rodrigo, da Câmara Municipal de Lisboa, e as empresas Vianas S.A, Engibox e D'Maker.

Os indiciados, que aguardam a decisão do Ministério Público de acusação ou arquivamento do processo, são suspeitos da prática dos crimes de corrupção ativa e passiva e de participação económica ilícita em negócio.

A PJ concluiu a existência de uma "relação de amizade entre os dois arguidos" individuais, adianta a RTP.

De acordo com a RTP, o caso, que se encontra na 9.ª secção do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, foi participado pelo ex-vereador da Proteção Civil, Manuel Brito, que chegou a confrontar o então comandante do BSB, Joaquim Leitão, mais tarde presidente da Autoridade Nacional da Proteção Civil.

Na altura dos factos constantes na investigação da PJ, António Costa, atual primeiro-ministro, era o presidente da Câmara Municipal de Lisboa.

A agência Lusa pediu esclarecimentos ao Ministério Público sobre a fase em que se encontra o processo, se já existem arguidos constituidos e quais os crimes em causa, mas ainda não obteve resposta.