"A investigação efetuada permitiu concluir, de forma absolutamente inequívoca, tratar-se de uma suspeita infundada, não se verificando a prática de qualquer crime", garante, em comunicado, a PJ de Setúbal, depois de lembrar que foi a mãe da criança a levantar as suspeitas que deram origem à investigação policial.
No passado dia 8 de abril, a Diocese de Setúbal, também em comunicado, admitiu que já tinha conhecimento da investigação ao eventual abuso de um menor no Centro Paroquial de Bem-Estar Social de Cacilhas, em Almada, distrito de Setúbal, salientando que já tinha adotado "todas as medidas necessárias para a proteção das crianças e utentes" e que estava a colaborar com as autoridades judiciais.
No mesmo comunicado, a Diocese de Setúbal, dirigida pelo Bispo José Ornelas, sublinhava ainda que tomou a iniciativa de contactar o Ministério Público de Almada face aos rumores do alegado envolvimento de um padre no abuso sexual de uma criança e a sua "intransigência perante qualquer situação de abuso de menores".
Em resposta às declarações da mãe do menor, a direção do Centro Paroquial de Bem-Estar Social de Cacilhas informou também que o padre sob suspeita não se encontrava nas instalações do centro à data dos alegados factos.
A notícia da investigação do alegado abuso sexual numa creche da igreja em Almada tinha sido avançada pelo jornal 'on-line' Observador, segundo o qual dois meses depois de a mãe da criança ter apresentado queixa na PSP (em janeiro), os pais ainda não tinham sido ouvidos pelas autoridades.
O Observador admitia ainda que a informação entretanto entregue pelo bispo de Setúbal ao Departamento de Investigação e Ação Penal de Almada poderia acelerar o caso, que agora terá chegado ao fim, face às conclusões da Polícia Judiciária de Setúbal.
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