A mesma fonte adiantou que as buscas "realizaram-se no âmbito de uma investigação em curso há algum tempo e que resultou de denúncias".

A fonte referiu ainda que a investigação "está numa fase de averiguação e análise documental".

Em causa está a Associação Social e Cultural Dona Paterna (ASCDP), fundada em 20 de maio de 2002, que presta apoio domiciliário e dispõe de centro de dia e um lar.

À Lusa, o presidente da associação, Rui Pinho, disse tratar-se de uma "tentativa" de o "caluniar e difamar por razões políticas", por também exercer o cargo de presidente da junta de freguesia de Paderne.

"Isto são tudo questões políticas. A investigação tem quase quatro anos e foi despoletada por denúncias anónimas para me tentar achincalhar", referiu.

"Se a PJ tivesse encontrado alguma coisa grave já me tinha inibido de ser presidente. Antes pelo contrário. Há mais de quatro anos emprestei à associação, sem juros, 28 mil euros que ainda não os consegui tirar de lá", reforçou.

Disse que aquele dinheiro "serviu para pagar os salários dos funcionários e para fazer obras na sede da associação".

"Estou de consciência tranquila. Estou na associação porque gosto de ajudar. Nunca de lá tirei um cêntimo. O meu maior prazer é ajudar as pessoas que precisam. O meu registo criminal está limpinho ao contrário do registo criminal da pessoa que suspeito ser o autor das denúncias", reforçou.

Contactado pela agência Lusa, o presidente da Câmara de Melgaço, Manoel Batista afirmou que o município "deu apoios pontuais à associação, aquando do início da sua atividade, tenho, através de protocolo, formalizado a cedência da antiga escola primária de Paderne para a instalação das respostas sociais".


Notícia atualizada às 20:19