“As investigações revelaram que as quadrilhas atuavam de forma similar, inserindo clandestinamente cargas de droga em contentores com mercadorias lícitas a serem exportadas, em regra, para países europeus. Nas duas operações houve apreensões de droga no país e no exterior, em procedimentos de cooperação policial internacional”, destacou a polícia federal, numa nota divulgada hoje.
Cerca de 450 agentes participam na operação em seis estados brasileiros contra o tráfico de drogas para cumprir 60 mandados de prisão e de busca no Rio de Janeiro, São Paulo, Pernambuco, Paraíba, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
A operação de hoje faz parte das investigações iniciadas em 2016 que já levaram à apreensão de dez toneladas de cocaína no Brasil e na Europa em duas operações distintas realizadas no ano passado.
Desde 2016, as autoridades localizaram narcóticos na Bélgica, França, Itália, Espanha, Dinamarca e Turquia.
Um dos grupos investigados adquiria a cocaína na fronteira do Brasil com a Bolívia e mais tarde transferia a droga para uma loja de aeronaves dentro do estado brasileiro de Santa Catarina, onde o material era organizado e colocado em sacos para posterior inserção em contentores que sairiam pelo Porto de Itapoá.
Já a segunda investigação que culminou nesta operação descobriu a ação de três grupos organizados que embarcavam volumosas quantidades da droga através de contentores que partiam do Complexo Portuário Itajaí-Navegantes, escondida em cargas de mercadorias como bobinas de aço, abacaxi em latas e blocos de granito.
De acordo com a polícia, os suspeitos responderão pelos crimes de tráfico e associação ao tráfico internacional de drogas, bem como falsificação de documentos e uso de documentos falsos.
As penas previstas para tráfico internacional de droga podem chegar a 25 anos de prisão e para associação criminosa são de dez anos.
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