Muitos dos polícias vão ser mobilizados de outras partes do Reino Unido para aquela que é considerada a maior operação de segurança alguma vez realizada na Escócia.
Mais de 120 líderes mundiais são esperados nos primeiros dias da Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP26) para uma cimeira de alto nível, incluindo membros da família real britânica, e ao longo das duas semanas vão participar mais de 25 mil participantes, entre políticos, especialistas e negociadores nacionais.
Mas o evento também vai atrair muitos milhares de ativistas para eventos à margem da conferência e são esperados protestos nas ruas, tendo alguns grupos prometido intervenções especiais destinadas a levar os políticos a agir contra as alterações climáticas.
O grupo Extinction Rebellion prometeu apoiar “ações disruptivas” durante a COP26, à semelhança das ocupações de estradas e espaços públicos realizadas desde 2019.
A principal manifestação está prevista para 06 de novembro, designado como Dia Mundial pela Justiça Climática pela Coligação COP26, que junta cerca de 100 organizações e espera mobilizar pelo menos 100.000 manifestantes.
Um cortejo está previsto para começar em Kelvingrove Park ao meio-dia e seguir pelas ruas da cidade até Glasgow Green.
Além de comboio e autocarro, alguns manifestantes pretendem viajar até Glasgow de bicicleta ou a pé de várias partes do Reino Unido e do estrangeiro.
A enorme operação de segurança envolve especialistas em combate ao terrorismo, agentes armados, polícias a cavalo, equipas de busca com cães e unidades em barcos e helicópteros.
O subchefe Will Kerr garantiu que a Polícia da Escócia está bem preparada e prometeu uma “resposta policial apropriada a quaisquer protestos”, mas sem impedir manifestações autorizadas.
“Aqueles que desejam protestar têm a responsabilidade de fazê-lo dentro da lei e gostaria de lembrar à pequena minoria de pessoas que podem ter a intenção de cometer desordem violenta ou de causar danos que iremos lidar com eles com rapidez e vigor”, avisou.
O Reino Unido é o anfitrião e preside, em parceria com a Itália, à conferência, que vai procurar pôr em prática as compromissos do Acordo de Paris, alcançado em 2015, sobre redução de emissões de gases com efeito de estufa, para limitar o aquecimento global a dois graus celsius, de preferência a 1,5 graus, acima dos valores da era pré-industrial.
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