Os apoiantes da oposição ao Presidente Alexander Lukashenko esperavam reunir-se hoje ao início da tarde, no centro de Minsk, mas acabaram impedidos por uma forte presença policial, que isolou várias vias da cidade, de acordo com um jornalista da agência de notícias France-Presse (AFP).
Segundo a AFP, um dos organizadores da manifestação, num canal da rede social Telegram, pediu aos manifestantes para recuarem nas suas ações de protesto.
De acordo com a organização de direitos humanos Vesna, pelo menos 22 pessoas foram detidas, incluindo dois jornalistas bielorrussos.
A manifestação ocorre num momento em que a oposição tenta dar um novo fôlego ao grande movimento de protesto que abalou o país em 2020, enfraquecido posteriormente pela repressão do regime liderado por Alexander Lukashenko.
A Bielorrússia atravessa uma crise política desde as eleições de 09 de agosto, que segundo os resultados oficiais reconduziram o Presidente Alexander Lukashenko, no poder há 26 anos, para um sexto mandato, com 80% dos votos.
A oposição denuncia a eleição como fraudulenta e reivindica a vitória nas presidenciais.
Desde então, milhares de bielorrussos têm saído regularmente às ruas por todo o país para exigir o afastamento de Lukashenko, manifestações reprimidas com violência pelas forças de segurança da Bielorrússia.
A União Europeia (UE) não reconhece os resultados das eleições bielorrussas de agosto e o Conselho Europeu decidiu prorrogar até fevereiro de 2022 as sanções aplicadas ao regime bielorrusso, que visam também o líder, Alexander Lukashenko.
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