As autoridades investigam alegados subornos recebidos pelo senador para editar uma resolução em 2012 que teria beneficiado o setor portuário, disse hoje a Polícia Federal, em comunicado.
Segundo o mesmo órgão, os pagamentos indevidos, de cerca de 4 milhões de reais (930 mil euros), teriam sido feitos por uma “grande construtora”, em referência à Odebrecht, que “tinha interesse na edição” da medida que beneficiou o setor portuário.
Como parte da operação, batizada de “Armistício”, a polícia realizou nove mandados de busca e apreensão em São Paulo, Santos e na cidade de Campo Olimpo Paulista.
Os investigadores não estiveram em nenhuma das residências de Romero Jucá.
A assessoria de imprensa do senador declarou numa nota que este não foi o objeto da operação e acrescentou que Romero Jucá já forneceu em agosto passado uma série de esclarecimentos sobre o assunto.
“O senador [Romero Jucá] pediu repetidamente o progresso nas investigações para que tudo seja esclarecido o mais rápido possível”, diz a nota.
Já a Odebrecht afirmou, também em comunicado, que “continua a colaborar com os tribunais e reafirma o seu compromisso de atuar com ética, integridade e transparência”.
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