Segundo o balanço oficial comunicado hoje, 131 pessoas foram detidas na noite de terça-feira em diferentes pontos da Holanda.

Os confrontos foram particularmente graves em Roterdão, onde foram detidas 81 pessoas.

Os distúrbios começaram pouco antes das 21:00 de terça-feira (20:00 em Lisboa), altura em que entra em vigor o recolher obrigatório, em várias cidades holandesas.

Segundo a polícia, a maioria dos detidos das últimas noites foram jovens de menos 25 anos de idade, além de um grupo de menores de idade, e outras pessoas “suspeitas de sedição e de incitamento à violência através da Internet”.

Mesmo assim, as forças de segurança afirmam que na terça-feira ocorreu uma redução no número de confrontos devido ao envio de mais agentes para os locais onde se concentravam os manifestantes.

Além da mobilização da sociedade em geral contra a falta de cumprimento das medidas de proteção sanitária, a polícia intensificou a vigilância às redes sociais, alertando que uma simples mensagem sobre “provocação de distúrbios” pode levar o detido a ser acusado de sedição.

“A informação que nos chegou (nos últimos dias) foi sobre lojas que iam ser pilhadas, sobre o uso da violência contra a polícia e sobre as formas como os manifestantes devem atuar. Houve apelos sobre o uso de engenhos de fogo-de-artifício e bombas incendiárias”, disse a polícia num comunicado anunciando a detenção de 18 suspeitos de vários delitos cometidos através do uso da internet.

Os reis da Holanda, apoiaram, através de uma nota oficial a atuação da polícia e lamentaram as pilhagens que prejudicam os empresários proprietários de estabelecimentos comerciais.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.159.155 mortos resultantes de mais de 100 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 11.012 pessoas dos 653.878 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China