O presidente do IPB, Orlando Rodrigues, adiantou hoje, na cerimónia de boas vindas aos novos alunos, que a instituição que dirige regista “um crescimento de 450, 500 alunos relativamente ao ano passado, em todos os níveis: mestrados, licenciaturas, cursos técnicos profissionais”.

“É um crescimento significativo e é sobretudo um crescimento que se faz à custa de bons alunos, de várias origens, num ambiente muito cosmopolita, muito diferente e muito inovador também”, vincou.

De entre os quase oito mil alunos, perto de dois mil são estrangeiros de 70 nacionalidades que escolheram Bragança para frequentar o ensino superior nos regimes de Erasmus e mobilidade.

Os novos alunos coloriram o anfiteatro ao ar livre do “campus” do politécnico na cerimónia de boas vindas, em que a praxe foi apresentada como “integradora” na instituição transmontana.

“Felizmente os nossos alunos têm também sabido marcar a diferença nesse aspeto. Eles têm sabido realizar atividades integradoras dos novos alunos, frequentemente com alguma irreverência como é normal nestas idades, mas com muita imaginação, com muito espírito humanista e, sobretudo, com muito espírito de integração”, apontou o presidente.

Orlando Rodrigues garantiu que no politécnico de Bragança, em matéria de praxes, “as coisas têm corrido de uma forma fantástica, os novos alunos sentem-se bem, sentem-se integrados”.

“Não temos conhecimento de nenhuma atividade que seja atentatória da dignidade humana”, afirmou, acrescentando que são situações que a instituição não tolera.

O presidente da Associação Académica, Ricardo Cordeiro, realçou que nesta instituição a receção aos caloiros não é chamada de praxe, mas de cerimónia de boas vindas aos novos alunos.

“É por isso que nós pegamos neles, andamos com eles, damos-lhe a conhecer a cantina, os locais mais importantes de Bragança, e é para isso também que as praxes servem: para os integrar, para estar perto deles e para os manter unidos, apresentá-los uns aos outros”, enfatizou.

“Se não fosse a praxe, diz Ricardo Cordeiro, “cada um iria para seu lado”, mas “assim consegue-se juntar todos, andarem todos juntos seja para bares, seja para outros sítios e é muito importante mantê-los juntos numa altura tão crucial como é esta que é a entrada no ensino superior”.

Os que chegam têm algumas dificuldades, nomeadamente na procura de alojamento, mas o dirigente académico assegurou que “até ao momento ainda ninguém anulou a matrícula, ainda ninguém foi embora por falta de quarto”.

“Se procurarem bem, há quartos de certeza”, declarou.

Também o presidente do IPB, Orlando Rodrigues, sublinhou que em Bragança a questão do alojamento “não é um problema grave como é noutros locais do país”.

“Aqui, felizmente, há muito alojamento ainda vago, há muitas casas vazias, há na verdade alguma hesitação, alguma inibição em pôr essas casas no mercado. Estamos a tentar alertar as pessoas para as vantagens que têm isso, é mais uma fonte de rendimento, contribui para o crescimento destas atividades na nossa cidade”, observou.