O chefe de Estado falava na Câmara Municipal de Lisboa, na cerimónia de entrega dos Prémios Gazeta 2021, numa intervenção em que se manifestou “mais otimista” em relação à situação do jornalismo em Portugal do que em anos anteriores.
“Desta feita estou mais otimista. Estou mais otimista porque a última coisa que podemos fazer é o discurso da lamentação democrática. Não façamos esse favor a quem gosta menos do que devia gostar da democracia”, apelou.
Sem falar de nenhum acontecimento em concreto, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que “a democracia constrói-se pela positiva” e acrescentou: “Têm todos de aprender isso, os políticos têm de aprender a aceitar a crítica, eu tenho de aprender a aceitar a crítica, tomos temos aprender a aceitar a crítica”.
O Presidente da República apontou estes prémios de jornalismo como “uma afirmação de esperança” e defendeu que “onde não há uma comunicação social muito, muito forte não há uma democracia muito, muito forte”.
Na sua opinião, “viu-se aqui nestes prémios, vê-se ano após ano” que Portugal tem “condições para ter uma comunicação social muito, muito forte”.
“Ah, mas há outra comunicação social que não é bem aquela que desejamos, presa à espuma dos dias. Mas a espuma dos dias pode trazer consigo preocupações estruturais”, observou.
No fim da sua intervenção, o chefe de Estado exclamou: “A luta continua, a democracia está viva”.
O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, também discursou nesta cerimónia realizada no Salão Nobre dos Paços do Concelho.
Os Prémios Gazeta são uma iniciativa do Clube de Jornalistas. Esta 37.ª edição teve o apoio principal da Câmara Municipal de Lisboa e da Associação Mutualista Montepio.
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