O macho Plombir, de 15 anos, e a fêmea Miranda, de 14, chegaram na noite de terça-feira a Valência, "em condições de saúde delicadas após uma longa viagem desde a zona de conflito", segundo um comunicado. 

A evacuação começou com 12 horas de estrada até à cidade de Odessa, banhada pelo Mar Negro. Os especialistas do Oceanogràfic e de duas instituições americanas, Georgia Aquarium e SeaWorld, fizeram os primeiros controlos veterinários, antes que o percurso continuasse até à fronteira com a Moldávia.

No aeroporto da capital moldava, Chisinau, os cetáceos foram transportados de avião "fretado especialmente para as belugas e no qual viajaram seis especialistas em cuidados de animais" até Valência, acrescentou.

"Este resgate, realizado numa situação de extremo perigo, constitui um marco histórico mundial em termos de proteção animal", celebrou o presidente regional de Valência, Carlos Mazón, citado no documento.

Desde o início da guerra na Ucrânia, em 2022, o aquário NEMO consegui retirar vários animais. "As possibilidades de sobrevivência seriam muito reduzidas" se as belugas continuassem no aquário, afirmou Daniel García Párraga, diretor de operações do Oceanogràfic.

O aquário de Valência, que se apresenta como o maior da Europa, já abrigava outras baleias beluga, que costumam medir entre 3 e 5 metros.