O corte total das vias de circulação, exclusivamente num dos sentidos, ocorrerá em quatro fins de semana do próximo ano: 11 e 12 de maio, 18 e 19 de maio, 12 e 13 de outubro, e 19 e 20 de outubro, em período noturno, sem ultrapassar as oito horas de duração.

Em 11 e 12 de maio o trânsito estará cortado no sentido Almada/Lisboa, e, 18 e 19 de maio no sentido Lisboa/Almada, enquanto em 12 de outubro o tráfego será cortado no sentido Almada/Lisboa, em 13 de outubro no sentido Lisboa/Almada, em 19 de outubro no sentido Almada/Lisboa e em 20 de outubro será suprimido no sentido Lisboa/Almada.

Naquelas datas apenas veículos de emergência serão autorizados a circular nas vias encerradas.

Os condicionamentos de trânsito na ponte que liga o rio Tejo entre Lisboa e Almada foram hoje anunciados pelo presidente da Infraestruturas de Portugal (IP), António Laranjo, durante a cerimónia de consignação das obras, adjudicadas por 12,6 milhões de euros ao consórcio composto pelas empresas Somague, Sociedade de Montagens Metalomecânicas e STAP–Reparação, Consolidação e Modificação de Estruturas.

Além dos cortes totais de um sentido, haverá ainda condicionamentos em uma ou duas vias de circulação, que serão igualmente à noite e durante menos tempo do que o previsto para as situações de corte total.

Estes condicionamentos manterão sempre uma ou duas vias de circulação abertas em cada sentido e ainda não têm datas definidas para acontecer, mas serão previamente comunicados pela Infraestruturas de Portugal (IP).

De acordo com o planeamento apresentado pelo presidente da IP, os cortes de uma via vão demorar entre cinco e oito horas, entre as 23:00 e as 07:00, ao passo que os cortes de duas vias terão uma duração máxima de quatro horas, entre as 02:00 e as 06:00.

Fonte oficial da IP destacou à Lusa que estes últimos condicionamentos deverão ter um “impacto muito reduzido” nos utentes da ponte, que já é sujeita frequentemente a condicionamentos ao fim de semana e à noite para intervenções.

A Ponte 25 de Abril é usada anualmente por 100 milhões de utilizadores, 300 mil todos os dias, na componente rodoviária e ferroviária, como foi hoje assinalado na consignação da obra pelo ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques.

“A sua elevada utilização, as suas características, fazem com que tenha uma atenção muito especial por parte da Infraestruturas de Portugal e de tantos parceiros nos trabalhos de monitorização de grande detalhe realizados pelos melhores especialistas”, sublinhou.

O ministro frisou ainda que, “foi nesse contexto que, em devido tempo, se desenvolveu um projeto de intervenção por parte da [empresa] Parsons ao longo dos últimos anos e que, em janeiro deste ano, foi identificada uma necessidade de realização de uma intervenção com maior urgência”.

“Solicitámos ao LNEC [Laboratório Nacional de Engenharia Civil] que procedesse à avaliação dessa primeira apreciação, o LNEC no mês seguinte confirmou a necessidade de avançar para a intervenção com alguma brevidade”, disse.

Segundo o ministro, essas avaliações técnicas concluíram que, se não avançasse a curto prazo - “no médio prazo, e não no imediato -, poderia ser necessário condicionar circulação, nomeadamente dos comboios, que teriam eventualmente de circular a menos velocidade ou com menos composições”.

“Naturalmente, não ficámos à espera desse médio prazo, agimos de imediato e, portanto, logo em março – o relatório do LNEC é de fevereiro – procedemos a todas as autorizações necessárias e lançámos nesse mês no concurso de empreitada”, declarou.

Em março, a revista Visão noticiou que o Governo tinha recebido um mês antes um relatório do Laboratório Nacional de Engenharia Civil que alertava para a necessidade de “medidas urgentes” de reparação, depois de “terem sido detetadas ‘fissuras’ numa zona estrutural da travessia”.

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