Houve uma “diminuição dramática” na população mundial de girafas, entre 36 e 40 por cento, entre 1985 e 2015, segundo um relatório da IUCN publicado na quarta-feira, no âmbito da Conferência das Partes do Convénio Sobre Diversidade Biológica (COP13), que decorre no México.
Em 2015 havia 97.562 girafas no mundo, segundo o mesmo documento.
As girafas vivem na África meridional e oriental e há também populações isoladas mais pequenas na África ocidental e central.
Entre as causas para a diminuição do número de animais está, segundo a IUCN, o aumento da presença humana nos seus habitats, a caça ilegal, a expansão da agricultura e da atividade mineira, entre outras.
Julian Fennessy, da IUCN, disse que as girafas são presenças habituais em safaris, meios de comunicação social ou jardins zoológicos e, por isso, não há consciência da sua “extinção silenciosa”.
A IUCN foi fundada em 1948 e integra 1.300 organizações e cerca de 16 mil peritos.
O relatório de quarta-feira destaca ainda os perigos que enfrentam as aves devido à agricultura não sustentável, ao corte de árvores, a espécies invasoras ou ao comércio ilegal.
Segundo a IUCN, há “muitas espécies” de aves a caminhar para a extinção, incluindo algumas das mais populares no mundo. É o caso do papagaio Psittacus erithacus, conhecido por reproduzir palavras e que em certas zonas de África perdeu 99% da população.
Mas há também evoluções positivas em aves “raras e vulneráveis”, especialmente as que vivem em ilhas isoladas, como o priolo dos Açores (Pyrrhula murina).
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