O vice-almirante Henrique Gouveia e Melo, coordenador da task-force, falou sobre o Portal do Auto-agendamento para Vacinação contra a covid-19, que entrou hoje em funcionamento, referindo que este método vem "facilitar imenso o acesso dos nossos cidadãos ao processo de vacinação".

"Neste momento, o nosso ritmo [de vacinação] anda em 70 mil por dia e estamos a conseguir cumprir com esse ritmo. Daqui a 15 ou 20 dias teremos um ritmo de 100 mil pessoas por dia e não há perspetiva de termos falta de resposta", disse o vice-almirante durante a sessão de esclarecimento do portal de auto-agendamento da vacinação.

"Vamos ter de vacinar 100 mil pessoas por dia. Imaginem o que é, no território nacional, agendar 100 mil pessoas diferentes todos os dias, sem falhas, e vacinar essas pessoas para conseguirmos cumprir o processo de vacinação o mais rápido possível, para protegermos a população o mais rapidamente possível", começou por explicar. "Era muito difícil ser o Ministério da Saúde, através das suas bases de dados, a tentar contactar com as pessoas".

Considerando que numa fase inicial a população a vacinar era mais idosa e que agora se caminha para a vacinação de uma população mais jovem, o vice-almirante destacou que este novo método é uma mais-valia. "Devem ser os cidadãos a pedir para ser vacinados, dentro das suas faixas etárias", destacou.

Questionado sobre se ainda é preciso contratar mais pessoas para os centros de vacinação, Henrique Gouveia e Melo respondeu que "muitos dos recursos humanos já foram contratados".

"Estão a ser encontradas respostas para ter os centros de vacinação a operar a bom ritmo", começou por dizer o coordenador, antes de assegurar: "Teremos esses recursos humanos e os postos [de vacinação] a funcionar no momento em que é necessário".

Gouveia e Melo admitiu, no entanto, que essa questão é "permanentemente uma preocupação" e que "todos os envolvidos" na campanha de vacinação terão de estar sempre "muito atentos para que não haja falhas".

"Para fazermos 70 mil por dia é porque muitos destes centros já estão em operação, como foi demonstrado no último sábado, quando fizemos 120 mil pessoas num único dia", reforçou o coordenador da 'task force'.

Luís Goes Pinheiro, presidente dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, interveio também na conferência de imprensa para explicar como funciona o Portal do Auto-agendamento para Vacinação contra a covid-19. "O processo é de facto simples, nasceu hoje e já tivemos um procura muito relevante. Até este momento já temos mais de 50 mil pedidos de agendamentos, o que para um dia de início de projeto é de facto impressionante e demonstra a necessidade que as pessoas tinham para fazer o seu agendamento online", disse.

Henrique Gouveia e Melo considerou que a inscrição de mais de 50 mil pessoas no primeiro dia de funcionamento do portal de auto-agendamento "é um sinal de sucesso" de um "conjunto de esforços que estão a ser feitos para garantir o sucesso" das operações que estão a ser feitas para "proteger a população portuguesa através da vacinação o mais rápido possível".

De recordar que esta funcionalidade de agendamento está acessível a partir do Portal da Covid-19 e permite que os utentes com mais de 65 anos, faixa etária que começará agora a ser vacinada independentemente de qualquer doença, possam escolher o ponto de vacinação em que pretendem ser vacinados.

De seguida, é-lhes apresentada a primeira data disponível, podendo os utentes aceitá-la ou escolher outra mais conveniente. No caso de não haver vagas disponíveis, os utentes podem optar por ficar em lista de espera naquele ponto de vacinação ou escolher uma data, noutro ponto de vacinação.

Posteriormente, o utente que realizou esta inscrição receberá um SMS com a hora precisa em que será vacinado no dia e no ponto de vacinação escolhido. O envio da mensagem está dependente de o utente não ter sido ainda convocado para vacinação ou não ter contraído covid-19 (enquanto estes pressupostos se mantiverem).

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