A ilha de Porto Santo, Madeira, será a primeira “Smart Fossil Free Island” do mundo. O projeto, pioneiro a nível mundial, desenvolvido pelo Governo Regional da Madeira, a Empresa de Eletricidade da Madeira (EEM) e a Renault, grupo francês do setor automóvel, procura transformar Porto Santo numa ilha livre de energias de origem fóssil, criando uma solução de mobilidade sustentável a partir do desenvolvimento de um ecossistema elétrico.
Na base do projeto de mobilidade está a interação entre 20 automóveis elétricos do construtor automóvel francês (ZOE e Renault Kangoo Z.E.) disponibilizados a serviços públicos, empresas e particulares e a instalação de 40 estações conectadas, espalhadas pela ilha, nas quais os veículos elétricos farão carregamentos inteligentes, feitos em função das necessidades do utilizador e da eletricidade disponível na rede.
Paralelamente será desenvolvido a reversão do carregamento (V2G), que possibilita a injeção de energia elétrica na rede aquando dos picos de consumo, sendo que no caso as viaturas servem de unidades de armazenamento temporário de energia.
Por outro lado, ainda no âmbito do desenvolvimento de soluções inteligentes de carregamento e armazenamento de energia estacionária, há lugar ao aproveitamento das baterias elétricas “que já não alimentam os modelos elétricos [da Renault] em atividade”, com impacto na diminuição da “pegada de carbono”, explica Eric Feunteun, diretor do programa de veículos elétricos e novos negócios do Grupo Renault.
Numa primeira fase, durante um ano, os custos do aluguer dos 20 veículos elétricos Renault que circulam pela ilha são suportados pelo Governo Regional da Madeira e pela Renault e os carregamentos elétricos são gratuitos até ao final de 2018.
“Trata-se de um projeto a uma escala sem precedentes, com o objetivo de apoiar a transição energética da ilha do Porto Santo para o desenvolvimento de fontes de energia renováveis, solares e eólicas” frisa Eric Feunteun. “A meta é atingir 80% de energia e mobilidade sem emissões de carbono num futuro muito próximo”, adianta o responsável que finaliza dizendo que a marca gaulesa tem como objetivo “construir um modelo que possa ser transferido para outras ilhas, eco-distritos e cidades”.
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