Numa informação colocada na sua página da internet, a SRU explica que espera “atrair cerca de 70 novos moradores para a zona da Sé” através do arrendamento destes espaços residenciais nas ruas dos Mercadores, Sant’Ana, Bainharia e Pelames, Largo da Pena Ventosa e Viela do Anjo.

A SRU esclarece que a prioridade na escolha das candidaturas será dada a senhorios do centro histórico que precisem de realojar temporariamente os inquilinos para reabilitar as suas casas, bem como a “agregados com filhos menores”.

De acordo com o regulamento do concurso, “será dada prioridade a senhorios que possuam imóveis na Área de Reabilitação Urbana Centro Histórico do Porto ou em unidades de intervenção com documento estratégico aprovado e que necessitem de realojar temporariamente os seus inquilinos, para efeitos de reabilitação daqueles espaços”.

No entanto, a Porto Vivo “estima que o número de interessados nesta modalidade seja pequeno”.

Assim, a perspetiva é que “a maior parte das casas e todos os espaços de comércio” sejam “arrendados de forma mais permanente”.

A SRU esclarece, também, que “o agregado familiar terá que ser adequado à fração a que a pessoa se candidata”.

“Estão disponíveis tipologias T0, T0+1, T1, T1+1, T2, T2 duplex e pelo menos um T2 triplex”, cujos valores “oscilam entre os 164,60 euros (T0) e os 523,90 euros (T3 triplex)”, indica a Porto Vivo.

Quanto aos espaços comerciais, “o mais caro é uma loja com 109,55 metros quadrados, pela qual o arrendatário terá que pagar 876,40 euros” mensais.

O espaço “mais barato”, com 15,64 metros quadrados, apresenta a “renda mensal de 125,12 euros”.

Até 08 de fevereiro, todas as habitações e lojas podem ser visitadas entre as 10:00 e as 12:00 horas e as 14:00 e as 16:00 horas, de segunda a sexta-feira.

A marcação prévia deve ser feita através do telefone 222 072 700.

Criada em 2004, a Porto Vivo é uma empresa de capitais públicos, cujos acionistas são o Estado, representado pelo IHRU - Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana, com 60% do capital, e a Câmara do Porto, com 40% do capital.

No âmbito do designado “Acordo do Porto”, assinado em 2015 com o então primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, anunciou que a SRU ia passar a ser detida na totalidade pela autarquia, numa municipalização que, durante cinco anos, manteria o financiamento de um milhão de euros anuais do Governo.

Em fevereiro de 2016, o Tribunal de Contas chumbou a compra, por parte da autarquia e pelo preço simbólico de um euro, de 60% das ações do Estado.