Segundo a organização da feira, dirigida a profissionais, esta 30.ª edição “homenageia as raízes da arte e da tradição portuguesa, ao mesmo tempo que projeta a nova geração que desenha o futuro do setor”, e pretende “afirmar-se como observatório de tendências e plataforma de sinergias dentro e fora do setor”.

Isto porque, disse à Lusa fonte da Associação de Ourivesaria e Relojoaria de Portugal (AORP), embora sendo “um dos setores de maior tradição em Portugal, a joalharia portuguesa está a atravessar uma fase de renovação e crescimento” e quer assumir-se como “uma arte herdada de geração em geração” que “surge agora revigorada e pronta a enfrentar novos desafios”.

“Ao saber-fazer e ao talento dos artesãos, soma ‘design’, inovação e uma vocação exportadora”, salienta, avançando como “novas dinâmicas do setor” a revitalização das empresas tradicionais, “que têm vindo a apostar na modernização das suas coleções e dos processos de gestão, sem perder a autenticidade da joalharia portuguesa”, e a emergência de novos ‘designers’, que “criam marcas em nome próprio e abrem novos caminhos à joalharia portuguesa”.

A aposta no ‘e-commerce’ (comércio eletrónico), na revitalização do comércio tradicional e na internacionalização são outros vetores de desenvolvimento do setor, que aponta como meta atingir 150 milhões de euros de exportações em 2022.

“Entramos numa nova era para a joalharia portuguesa. Para alavancar este crescimento e expansão internacional, a AORP criou a marca internacional ‘Portuguese Jewellery – Shaped with Love’, sob a qual tem desenvolvido campanhas e iniciativas de promoção coletiva, com o objetivo de reforçar a notoriedade e posicionamento da joalharia portuguesa em todo o mundo”, refere a associação.

Neste contexto, a 30.ª edição da Portojóia irá apostar em “iniciativas paralelas com o objetivo de fomentar parcerias exclusivas entre marcas e setores, a partilha de boas práticas entre profissionais e ainda uma visão global sobre as tendências que influenciam o mercado”.

Segundo os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE) avançados à Lusa pela AORP, em 2015, as atividades da joalharia, ourivesaria e relojoaria abrangiam 4.237 empresas, das quais 655 dedicadas ao fabrico, 3.339 ao comércio e 243 à reparação.

O volume de negócios setorial foi de mil milhões de euros em 2017, tendo as exportações subido de 65,5 milhões de euros em 2015, para 71 milhões de euros em 2016 e 100 milhões de euros em 2017.