Quatro meses depois de ter encerrado a participação na Liga das Nações, o campeão europeu arrancou da melhor maneira a fase de qualificação para o Qatar, na ‘casa emprestada’ de Turim, em Itália, mas só foi possível graças a um autogolo do defesa Medvedev, à passagem do minuto 37.

Para o sétimo encontro entre Portugal e Azerbaijão, o selecionador luso, Fernando Santos, estreou o lateral esquerdo Nuno Mendes, do Sporting, de apenas 18 anos, que rendeu o lesionado Raphaël Guerreiro na lateral esquerda, enquanto o guarda-redes Anthony Lopes e o central Domingos Duarte ocuparam os lugares dos habituais titulares Rui Patrício e Pepe, respetivamente, ambos com problemas físicos.

Na reta final do encontro, aos 88 minutos, também o médio do Sporting João Palhinha protagonizou a segunda estreia da noite pela seleção principal, tornando-se no 49.º atleta a ser lançado por Fernando Santos.

A garantia de “não deixar espaço livre no momento de defender o ataque de Portugal” dada pelo selecionador azeri, na véspera, confirmou-se logo nos instantes iniciais, com o jogo a decorrer sempre no último terço do ataque luso.

A jogar perante um bloco muito baixo, em que até os avançados formavam fileiras no momento defensivo, Portugal nunca parou de insistir e pressionar, principalmente através do lado direito, mas foi da zona central do terreno que saiu a primeira ameaça, pelos ‘pés’ de Rúben Neves, seguida de outro ‘tiro’ perigoso de João Cancelo, aos nove minutos.

Seguiram-se várias ocasiões de golo, como a de Domingos Duarte ao lado, quando surgiu isolado a passe de Cristiano Ronaldo, ou mais uma de Cancelo, muito perto do poste, até Portugal chegar, finalmente, ao golo, mas marcado por um jogador azeri.

O defesa Maksim Medvedev foi o autor do lance infeliz da noite no Juventus Stadium, na sequência de uma má abordagem do guarda-redes Magomedaliyev, que saiu mal de entre os postes a um cruzamento de Rúben Neves, levando a bola a embater no defesa, antes desta entrar na baliza, aos 37 minutos.

Em desvantagem, o selecionador Gianni de Biasi não abdicou da estratégica defensiva, já que a nível ofensivo o Azerbaijão não conseguiu criar qualquer chance, nem mesmo rematar à baliza a cargo do ‘espetador’ Anthony Lopes.

No segundo tempo, Bruno Fernandes rendeu João Moutinho no meio-campo e Portugal acabou por dar algum espaço de manobra aos azeris, que ameaçaram a baliza lusa, primeiro de bola parada, com Makhmudov a saltar mais alto do que Rúben Dias para cabecear por cima.

A falta de pontaria, fruto de remates que esbarravam nos defesas ou no guarda-redes, e até mesmo o pouco entrosamento entre alguns jogadores lusos, deixavam o resultado em aberto e Fernando Santos preocupado, após mais um lance de perigo do conjunto azeri.

Se nos primeiros 45 minutos, o jogo foi de sentido único, nos segundos, o Azerbaijão foi ficando cada vez confiante para criar investidas, aproveitando o meio-campo luso mais descoberto para tentar surpreender.

Bruno Fernandes trouxe capacidade de remate a Portugal e, foi por pouco, que não bateu Magomedaliyev, aos 77 minutos, naquele que foi um dos remates mais perigosos da segunda parte, juntamente com o livre direto cobrado por Cristiano Ronaldo e um outro disparo de João Félix à ‘figura’ do guarda-redes, mesmo a terminar.

Portugal, que procura a oitava presença – e sexta consecutiva – no campeonato do Mundo, desloca-se no sábado a Belgrado, para defrontar a Sérvia, que hoje bateu a República da Irlanda (3-2).