"Condenamos veementemente qualquer ataque ou atentado em qualquer circunstância e, por maioria de razão, numa campanha eleitoral, qualquer que seja o candidato e qualquer que seja o país", disse Augusto Santos Silva.

O chefe da Diplomacia falava hoje aos jornalistas, no Palácio das Necessidades, em Lisboa, à margem da apresentação do programa das comemorações dos 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos e dos 40 anos da adesão de Portugal à Convenção Europeia dos Direitos Humanos.

"Naturalmente que acompanhamos com muita atenção tudo o que se passa no Brasil porque é um país de língua portuguesa, um dos principais aliados de Portugal, onde há uma comunidade portuguesa muito importante residente, mas acompanhamos sempre no respeito escrupuloso pela soberania do Brasil", acrescentou.

"Qualquer incidente e, em particular o ataque que ontem [quinta-feira] teve lugar, merece a nossa mais veemente condenação", sublinhou.

Santos Silva disse não ter feito qualquer contacto formal com as autoridades brasileiras, adiantando que tem acompanhado o caso sobretudo pela comunicação social.

Segundo uma sondagem divulgada quinta-feira - a primeira após o Tribunal Superior Eleitoral ter rejeitado a candidatura de Lula da Silva (PT) -, Jair Bolsonaro lidera a corrida eleitoral de outubro, com 22% das intenções de voto.