“Portugal felicita o Programa Alimentar Mundial @WFP pela atribuição do Prémio #Nobel da #Paz, reconhecimento do extraordinário trabalho no combate à fome, de prevenção do seu uso como arma de guerra e da importância da solidariedade internacional no atual contexto mundial”, lê-se na mensagem.
Também o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já reagiu à atribuição do Nobel ao projeto da ONU.
“Este reconhecimento mundial é justo, necessário e um apelo a todos, a começar pelos mais ricos - mais ricos países, mais ricos pessoas, mais ricos instituições -, que têm de contribuir muitíssimo mais para os mais pobres, dependentes e explorados por todo o mundo”, referiu.
Em Braga, à margem de uma visita ao hospital local, Marcelo deixou ainda uma “palavra especial” ao secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, por ter sabido olhar para as populações que mais sofrem em termos de fome e de miséria” e reforçar o apoio às mesmas.
Marcelo Rebelo de Sousa associou-se ao reconhecimento, sublinhando a acuidade do prémio num tempo em que a fome e a miséria aumentaram no mundo, por causa da covid-19 mas também da guerra, das migrações, dos refugiados e dos “dramas económicos, sociais, políticos e militares que atravessam a humanidade”.
“Isto significa que quem atribuiu o Prémio Nobel da Paz agradece às Nações Unidas o ter mantido e reforçado o seu programa alimentar com poucos meios, sem meios”, sublinhou.
O Presidente da República deixou ainda uma “palavra especial” a António Guterres, que classificou como “um homem de causas sociais” que percebeu que a necessidade de reforçar o apoio aos mais carenciados.
“Não chega, é insuficiente, é preciso mais, mas as Nações Unidas não pararam, António Guterres não parou”, rematou.
O Prémio Nobel da Paz foi hoje atribuído ao Programa Alimentar Mundial pelos esforços para combater a fome e para melhorar as condições para a paz em zonas de conflito, anunciou o Comité Nobel Norueguês.
A presidente do comité, Berit Reiss-Andersen, justificou a distinção do PAM com "os seus esforços para combater a fome, o seu contributo para melhorar as condições para a paz em áreas afetadas por conflitos e por agir como uma força motriz nos esforços para prevenir o uso da fome como uma arma de guerra e de conflito".
A lista de candidatos da edição de 2020 do Nobel da Paz tinha 211 pessoas e 107 organizações e o laureado irá receber o prémio de dez milhões de coroas suecas (quase um milhão de euros), além de um diploma e uma medalha.
A cerimónia de entrega do prémio acontecerá em 10 de dezembro, em Oslo, na Noruega, e contará com a presença de apenas cerca de 100 convidados.
Comentários