O documento faz uma monitorização das emissões de CO2 de automóveis ligeiros de passageiros e comerciais em 2017 e dá conta que não só os carros mais eficientes foram comprados em Portugal, seguindo-se a Dinamarca e a Holanda, como nos novos comerciais ligeiros os níveis médios de emissões de CO2 foram também menores entre os carros vendidos em Portugal, seguindo-se o Chipre e a Bulgária.
No relatório diz-se que as emissões médias de CO2 de carros novos aumentaram em 2017, o que aconteceu pela primeira vez desde 2010. Mas também se nota que as emissões médias nos automóveis diminuíram em mais de 15% desde 2010, e que nas carrinhas as emissões baixaram 13%.
Os dados da Agência Europeia indicam também que a maioria dos novos carros vendidos em 2017, como é tradição, foi de veículos a gasolina e gasóleo (97% de novos registos), mas que pela primeira vez os carros a gasolina eram a maioria de novas inscrições, 53,5%.
Em 2017 houve um aumento de carros elétricos e híbridos, de 01% em 2016 para 1,5% em 2017, e pela primeira vez aparecem nos dados agora disponibilizados os carros movidos a hidrogénio, se bem que sejam menos de duas centenas de unidades.
Em média, os automóveis a gasóleo emitiam menos 3,7 gramas de CO2 por quilómetro do que os a gasolina, uma diferença muito menor do que em 2000. Nesse ano a diferença era de 17,1 gramas.
Nos últimos anos a eficiência no consumo de combustível dos carros a gasolina tem sido constante, mas a eficiência nos veículos a gasóleo piorou em 2017, comparando com o ano anterior.
A Agência nota também que nos últimos dois anos as melhorias apresentadas pelos fabricantes foram menores do que em anos anteriores, pelo que poucas marcas estão no caminho para atingir os objetivos da União Europeia em 2021. Marcas como a Peugeot, a Renault ou a Toyota são das que estão melhor posicionadas, embora ainda tenham que reduzir as emissões entre 09 e 14 gramas por quilómetro, nos próximos três anos. A Mazda ou a Lamborghini são dos piores classificados.
A propósito do relatório a organização ambientalista portuguesa Zero disse em comunicado que aplaude a escolha dos portugueses e salienta que os motivos para a boa posição de Portugal se prendem com menos consumo de combustível, carros mais pequenos, menores cilindradas e impostos associados ao CO2.
A Zero destaca também, citando o relatório, que entre os quatro Estados-Membros com melhores resultados, que se encontram na mesma posição nos últimos quatro anos, apenas Portugal não aumentou a sua média de emissões em 2017.
“A boa performance de Portugal está diretamente relacionada com a compra de veículos menos pesados, menos potentes e mais eficientes, resultado de uma política fiscal que pondera o dióxido de carbono nos impostos associados aos veículos, bem como a cilindrada”, salienta a Zero.
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