Os dados, divulgados recentemente no portal da Direção-Geral de Estatísticas de Educação e Ciência, reportam-se à produção científica portuguesa de 1996 a 2017 e têm como fonte a base de dados bibliográfica Scopus, que reúne informação sobre o número de artigos publicados ou citados em jornais e revistas científicas e académicas.
As pesquisas de informação foram feitas entre junho e dezembro de 2018 e nas publicações incluem-se artigos, revisões, editoriais, livros e comunicações.
De acordo com os dados disponíveis, Portugal foi o sexto país da União Europeia que mais cresceu em média por ano, entre 2007 e 2017, no número de publicações por milhão de habitantes (8,2%), superando países como a Dinamarca (5,8%), a Suécia (3,4%) e a Finlândia (2,6%), que em termos absolutos registaram mais publicações.
Se se considerar a taxa de crescimento médio anual do número de publicações a cinco anos, entre 2012 e 2017, Portugal desce quatro lugares para a 10.ª posição (4,2%).
Em 2017, o número de publicações científicas em Portugal por milhão de habitantes totalizou 2.188, ultrapassando as cifras da Alemanha (1.913), Espanha (1.808), Itália (1.683) e França (1.612). À frente de Portugal, estão a Dinamarca (4.361), a Suécia (3.756), a Finlândia (3.409), a Holanda (3.118) e o Luxemburgo (3.083).
Numa Europa ainda a '28', Portugal ocupava em 2017 o 14.º lugar da tabela liderada pela Dinamarca. Na cauda estava a Bulgária, com 616 publicações por milhão de habitantes.
Em termos de áreas de investigação, as ciências exatas e naturais lideravam a produção científica portuguesa entre 1996 e 2017, com as ciências de computação a registar o maior crescimento no número de publicações, totalizando 42.095.
Das 272.969 publicações científicas feitas por Portugal no mesmo período, quase metade (46%) foi em coautoria com instituições de outros países, maioritariamente com Espanha, Reino Unido e Estados Unidos.
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