Naquela que será a sua primeira deslocação ao território português, o papa estará em Fátima nos dias 12 e 13 de maio por ocasião do centenário das aparições de 13 de maio de 1917.
Cinco meses depois de ter sucedido a Bento XVI (que renunciou ao pontificado a 28 de fevereiro de 2013), Francisco fez a sua primeira visita apostólica fora de Itália e o destino escolhido foi um país que fala português: Brasil.
A assinalar a XXVIII Jornada Mundial da Juventude, o papa viajou para o Rio de Janeiro, cidade que o acolheu entre 22 e 29 de julho de 2013.
A visita à comunidade da Varginha, em Manguinhos, uma zona de uma favela pacificada, e a celebração de uma missa para três milhões de pessoas na praia de Copacabana, no encerramento das Jornadas da Juventude, foram alguns dos pontos altos desta viagem.
No ano seguinte, o pontífice fez cinco deslocações ao estrangeiro.
A primeira ocorreu em maio e foi uma peregrinação à Terra Santa, por ocasião do 50.º aniversário do encontro em Jerusalém entre o papa Paulo VI e o patriarca Atenágoras. Durante três dias (24 a 26 de maio de 2014), Francisco passou pela Jordânia, Palestina e Israel.
Entre outros momentos de Francisco, fica na memória a proposta que surpreendeu o mundo quando convidou o então Presidente israelita Shimon Peres (que morreu em setembro de 2016) e o líder palestiniano Mahmoud Abbas para uma jornada de oração pela paz no Vaticano, a oração (não agendada) que fez junto ao muro que separa a Palestina de Israel e o encontro em que beijou a mão a sobreviventes do Holocausto.
Em agosto desse ano, o papa fez uma viagem apostólica à Coreia do Sul e marcou presença na VI Jornada da Juventude Asiática. No mês seguinte, seguiu-se uma visita de um dia a Tirana, capital da Albânia.
A 25 de novembro de 2014, o pontífice deslocou-se a Estrasburgo (França) para visitar o Parlamento Europeu (PE) e o Conselho Europeu. Vinte e seis anos depois de João Paulo II ter feito o mesmo (em 1988), Francisco discursou diante do PE e apelou a um despertar humanista numa Europa “envelhecida”, “pessimista” e sem vigor.
“Chegou a hora de construir juntos a Europa que gira, não em torno da economia, mas da sacralidade da pessoa humana”, disse então o líder da Igreja Católica, dirigindo-se diretamente aos eurodeputados.
Poucos dias depois, o papa iria à Turquia, onde se encontrou com o patriarca de Constantinopla (Igreja Ortodoxa), Bartolomeu I, para uma oração ecuménica em Istambul.
Em 2015, Jorge Bergoglio também fez cinco viagens apostólicas que passaram por 11 países: Sri Lanka, Filipinas, Bósnia-Herzegóvina, Equador, Bolívia, Paraguai, Cuba, Estados Unidos, Quénia, Uganda e República Centro-Africana.
Durante a visita às Filipinas, em janeiro desse ano, Francisco presidiu à maior missa de sempre com a presença de cerca de seis milhões de pessoas, superando então outra celebração que tinha ocorrido em 1995 naquela cidade e que tinha reunido mais de cinco milhões de fiéis.
Em setembro, a viagem papal a Cuba e aos Estados Unidos aconteceu dois meses depois destes antigos inimigos da Guerra Fria terem restabelecido relações diplomáticas ao fim de meio século de afastamento.
Quando Washington e Havana anunciaram em dezembro de 2014 a decisão de iniciar negociações para o restabelecimento de relações diplomáticas e económicas, foi também divulgado que o Vaticano e o próprio papa Francisco tinham tido uma intervenção direita no processo, nomeadamente na mediação de 18 meses de negociações secretas.
Desta viagem de nove dias ficou, entre muitos outros episódios, o encontro com o líder histórico cubano Fidel Castro (que morreu em novembro de 2016), a reunião com o então Presidente norte-americano, Barack Obama, o discurso nas Nações Unidas em que lançou vários desafios à própria organização e uma promessa de justiça feita em Filadélfia a um grupo de cinco vítimas de abusos sexuais por membros da Igreja. Os responsáveis por esses crimes "vão prestar contas", referiu então o pontífice.
No ano seguinte, Francisco realizou seis viagens apostólicas: México, Ilha grega de Lesbos, Arménia, Polónia, Geórgia e Azerbaijão e Suécia.
Antes da visita ao território mexicano, Francisco encontrou-se com o patriarca ortodoxo russo Kiril na sala presidencial do aeroporto de Havana e dão um abraço, naquele que foi o primeiro encontro dos líderes das duas Igrejas após o cisma de 1054.
Após uma visita de um dia a Lesbos, o papa levou para o Vaticano 12 refugiados, incluindo seis menores, que pertenciam a três famílias que se encontravam no campo de refugiados aberto de Kara Tepe (na imagem de topo do artigo pode ver o Papa a dar as boas-vindas ao grupo de refugiados sírios proveniente de Lesbos e que aterraram em Campino, Roma).
E na Arménia, considerado como o primeiro Estado a ter adotado o cristianismo no início do século IV, a polémica aconteceu quando Francisco não poupou as palavras e reiterou que a morte de cerca de 1,5 milhões de arménios que viviam no império otomano durante a I Guerra Mundial foi um "genocídio".
A Turquia não gostou, pediu explicações e disse que as declarações do pontífice tinham sido infelizes e revelavam uma “mentalidade de Cruzada”.
Em 2017, a par da deslocação a Fátima, o Vaticano anunciou nos últimos dias que o papa Francisco vai visitar a Colômbia entre 06 e 11 de setembro. O pontífice acompanhou de perto as negociações de paz entre o Governo colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).
É “quase certo”, segundo informações divulgadas em outubro passado, que o papa Francisco deverá ir também à India e ao Bangladesh. Esperada igualmente é uma viagem ao continente africano.
A Indonésia, país que será o anfitrião da VII Jornada da Juventude Asiática (de 30 de julho a 06 de agosto), é outro dos possíveis destinos de uma visita papal em 2017.
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