Num encontro com a imprensa, o secretário de Estado da Cultura de Angola, Aguinaldo Cristóvão, referiu que a Bienal de Luanda, um Fórum Pan-Africano para a Cultura de Paz, tem como principal objetivo mostrar a unidade de África e a importância da resolução de conflitos de modo pacífico e os seus resultados para a vida dos cidadãos e para o país.
Aguinaldo Cristóvão frisou que influenciou também a escolha de Angola a experiência “muito grande no domínio da paz, da resolução de conflitos”.
“E isto nós consideramos como sendo uma base muito importante para a estabilidade, para o desenvolvimento de qualquer um dos países”, referiu o governante angolano, salientando que o exemplo de Angola é o formato que se pretende a nível do continente.
Segundo o secretário de Estado da Cultura, a bienal será “um momento muito histórico”, em que serão abordadas as soluções para o continente africano.
A nível interno, Angola espera ganhar com esse evento maior divulgação do país e um incremento muito grande a nível do turismo, frisou Aguinaldo Cristóvão.
Mais concretamente sobre o programa, a coordenadora nacional para a bienal, Alexandra Aparício, disse que o Presidente angolano, João Lourenço, irá proceder à abertura do ato, que contará com a presença de outros chefes de Estado e de Governo africanos.
Alexandra Aparício realçou que a bienal vai contar com a presença de mais países, que inicialmente não tinham sido previstos, que estão agora a apresentar as suas propostas para participação.
A bienal previa no início a participação de 12 países africanos e do Brasil e Itália, mas já manifestaram interesse em participar Portugal, que terá um pavilhão próprio, a Bélgica, Coreia do Sul e Cuba.
“Vamos ter momentos de gastronomia, alguns dos países trazem gastrónomos, mostras de alimentação, restaurantes da nossa cidade no festival de culturas, apresentando não só da gastronomia nacional, mas outras variedades”, adiantou a responsável.
Já o coordenador internacional da UNESCO para a bienal, Vicenzo Franzino, referiu que em 2013 Angola aceitou receber o primeiro fórum Pan-africano para a Cultura de Paz, no qual foi lançada a ideia de criação de um momento periódico a cada dois anos para a oportunidade de fazer encontrar os atores, os parceiros, já comprometidos com este trabalho de promover a paz.
“Felizmente Angola continuou com esse compromisso e no ano passado foi decidido criar condições para o início da bienal em 2019, e estamos nos últimos preparativos”, salientou.
A bienal, um fórum de ideias de juventude, com o valor inicial de 512 mil dólares (cerca de 463 mil euros), rubricados, em 2018, no acordo-quadro entre a UNESCO e Angola, tem como focos temáticos a juventude, paz e segurança, a criatividade, empreendedorismo e inovação, num festival de culturas, que inclui cinema, música, artes plásticas e visuais, teatro, dança, moda, design, banda desenhada, jogos vídeo, poesia, literatura, tradição oral e artesanato.
As presenças confirmadas para o evento são do presidente da União Africana, Abdel-fatah Al-Sisi, da diretora geral da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), Audrey Azoulay, do Prémio Nobel da Paz 2018, o médico congolês Denis Mukwege, e do ex-jogador de futebol Didier Drogba.
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