“O nosso objetivo de 1,68% do PIB até 2024 terá que ser repensado, senão para 2024, para os anos subsequentes. Obviamente que quando aumenta a insegurança tem que aumentar o investimento em segurança”, afirmou João Gomes Cravinho em entrevista à rádio Renascença e ao jornal Público.
Questionado sobre se Portugal deve acompanhar um aumento do PIB para os 2%, à semelhança da Alemanha, o governante lembrou que em junho vai haver uma cimeira da NATO, em Madrid, considerando que “esse é o momento adequado para Portugal fazer anúncios de médio e longo prazo, se isso não for já feito no programa de governo do próximo governo”.
No que toca ao Orçamento do Estado para 2022, Cravinho referiu que já foram canceladas algumas despesas e alguns exercícios, “gerando poupanças que permitam o novo empenhamento de forças”, acrescentando que “quando o OE2022 for apresentado, daqui a mês e meio ou dois meses, provavelmente terá que haver um ajustamento”.
“Agora, em 2023 a situação é diferente. Este ano, 2022, é um ano de revisão da Lei de Programação Militar, que tem uma vigência de 12 anos mas é revista cada quatro anos e portanto nós temos este ano esse trabalho de revisão da LPM e eu creio que isso terá de se refletir, são investimentos para as Forças Armadas e é evidente que o dinheiro que se gasta em investimento depois implica também mais algum acréscimo em termos de funcionamento e manutenção”, disse.
“Mas acredito que para 2023 e anos subsequentes seja necessário um aumento face àquilo que é a Lei de Programação Militar atualmente em vigor”, acrescentou.
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