Portugal regista hoje 1.175 mortes relacionadas com a covid-19, mais 12 do que na terça-feira, e 28.132 infetados, mais 219, segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direção Geral da Saúde.
Em comparação com os dados de terça-feira, em que se registavam 1.163 mortos, hoje constatou-se um aumento de óbitos de 1,03%. A taxa de letalidade situa-se nos 4,18%.
Segundo os dados da Direção-Geral da Saúde, 602 vítimas mortais são mulheres e 573 são homens.
Das mortes registadas, 788 tinham mais de 80 anos, 232 tinham entre os 70 e os 79 anos, 104 tinham entre os 60 e 69 anos, 38 entre e 50 e 59, 12 entre os 40 e os 49 e um dos doentes tinha entre 20 e 29 anos.
Relativamente ao número de casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus (28.132), os dados da Direção-Geral da Saúde (DGS) revelam que há mais 219 casos do que na terça-feira (27.913), representando uma subida de 0,8%.
O número de casos recuperados aumentou em 169 pessoas, para um total de 3182 casos.
No total registaram-se até hoje 282.961 casos suspeitos, dos quais 252.143 não confirmados.
Segundo o boletim hoje divulgado, há ainda 2.686 casos a aguardar resultado laboratorial e 26.278 casos em contacto de vigilância.
Registam-se atualmente 692 casos de pessoas internadas, 103 nos cuidados intensivos. Tratam-se de menos 17 casos internados (o menor número de internados desde 1 de abril) e menos 11 casos na UCI (abaixo dos 110 casos na UCI pela primeira vez desde 29 de março).
A recuperar em casa estão 23.083 pessoas.
Os principais sintomas são febre (30%), tosse (42%), dificuldade respiratória (12%), cefaleia (20%), dores musculares (21%) e fraqueza generalizada (15%).
A região mais afetada é a do Norte com 16.112 casos confirmados e 667 óbitos, a região de Lisboa e Vale do Tejo com 7647 casos e 257 óbitos; a região Centro com 3559 casos confirmados e 221 óbitos, o Algarve com 351 casos e 14 óbitos; Alentejo com 238 casos e um óbito a registar. Nas regiões autónomas, registam-se 135 casos nos Açores e 15 óbitos, e 90 casos na Madeira sem óbitos a registar.
Os dados da DGS precisam que o concelho de Lisboa é o que regista o maior número de casos de infeção pelo novo coronavírus (1.811), seguido por Vila Nova de Gaia (1.461), Porto (1.306) Matosinhos (1.217), Braga (1.153), Gondomar (1.050), Maia (909), Sintra (790) Valongo (737), Guimarães (666), Ovar (636), Coimbra (561) e Loures (559).
Do total de infetados, 16.524 são mulheres e 11.608 homens.
A faixa etária mais afetada pela doença é a dos 50 aos 59 anos (4.746), seguida da faixa dos 40 aos 49 anos (4.728) e das pessoas com mais de 80 anos (4.270 casos).
Há ainda 4.072 doentes com idades entre 30 e 39 anos, 3.411 entre os 20 e os 29 anos, 3.167 entre os 60 e 69 anos e 2.382 com idades entre 70 e 79 anos.
A DGS regista também 484 casos de crianças até aos nove anos e 872 de jovens com idades entre os 10 e os 19 anos.
Entre os casos importados, destacam-se os provenientes de Espanha (177), França (137), Reino Unido (88), dos Emirados Árabes Unidos (48), da Suíça (45), de Andorra (32), Brasil (30), de Itália (29) e dos EUA (24).
Novo coronavírus SARS-CoV-2
A Covid-19, causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.
A maioria das pessoas infetadas apresentam sintomas de infeção respiratória aguda ligeiros a moderados, sendo eles febre (com temperaturas superiores a 37,5ºC), tosse e dificuldade respiratória (falta de ar).
Em casos mais graves pode causar pneumonia grave com insuficiência respiratória aguda, falência renal e de outros órgãos, e eventual morte. Contudo, a maioria dos casos recupera sem sequelas. A doença pode durar até cinco semanas.
Considera-se atualmente uma pessoa curada quando apresentar dois testes diagnósticos consecutivos negativos. Os testes são realizados com intervalos de 2 a 4 dias, até haver resultados negativos. A duração depende de cada doente, do seu sistema imunitário e de haver ou não doenças crónicas associadas, que alteram o nível de risco.
A covid-19 transmite-se por contacto próximo com pessoas infetadas pelo vírus, ou superfícies e objetos contaminados.
Quando tossimos ou espirramos libertamos gotículas pelo nariz ou boca que podem atingir diretamente a boca, nariz e olhos de quem estiver próximo. Estas gotículas podem depositar-se nos objetos ou superfícies que rodeiam a pessoa infetada. Por sua vez, outras pessoas podem infetar-se ao tocar nestes objetos ou superfícies e depois tocar nos olhos, nariz ou boca com as mãos.
Estima-se que o período de incubação da doença (tempo decorrido desde a exposição ao vírus até ao aparecimento de sintomas) seja entre 2 e 14 dias. A transmissão por pessoas assintomáticas (sem sintomas) ainda está a ser investigada.
Vários laboratórios no mundo procuram atualmente uma vacina ou tratamento para a covid-19, sendo que atualmente o tratamento para a infeção é dirigido aos sinais e sintomas que os doentes apresentam.
Onde posso consultar informação oficial?
A DGS criou para o efeito vários sites onde concentra toda a informação atualizada e onde pode acompanhar a evolução da infeção em Portugal e no mundo. Pode ainda consultar as medidas de segurança recomendadas e esclarecer dúvidas sobre a doença.
- https://covid19.min-saude.pt
- https://covid19.min-saude.pt/ponto-de-situacao-atual-em-portugal
- https://www.dgs.pt/em-destaque.aspx
Quem suspeitar estar infetado ou tiver sintomas em Portugal - que incluem febre, dores no corpo e cansaço - deve contactar a linha SNS24 através do número 808 24 24 24 para ser direcionado pelos profissionais de saúde. Não se dirija aos serviços de urgência, pede a Direção-Geral da Saúde.
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