Uma moção nesse sentido foi apresentada enquanto procedimento de emergência ao congresso da UICN, que se realiza em Marselha, disse à agência France Presse um dos seus representantes, José Gregorio Diaz Mirabal.
A moção apela a um “plano de ação global” para pôr fim à desflorestação e à exploração mineira nesta floresta, que é vital para o equilíbrio biológico da Terra devido à sua capacidade de armazenamento de CO2.
“Todos os anos, a Amazónia perde mais de 10.000 km2. Esta é a emergência, não só para nós mas para o mundo inteiro”, afirmou Diaz Mirabal, que pertence à Coordenação das Organizações Indígenas da Bacia Amazónica.
Pela primeira vez este ano, as organizações de povos indígenas receberam um estatuto específico no congresso mundial da UICN.
A UICN reúne estados, agências governamentais, organizações não-governamentais internacionais e nacionais, agências para o desenvolvimento económico e empresas. Conta com mais de 1.400 membros e é apoiada por numerosos especialistas.
As suas tomadas de posição e moções, votadas pelos seus membros de quatro em quatro anos, assumem-se como uma referência no universo da proteção da natureza, ainda que não sejam vinculativas.
A organização deve decidir se a moção, submetida sob um procedimento especial de emergência, preenche os critérios de “novidade” e “urgência” para ser submetida a votação, informou Enrique Lahmann, administrador da UICN.
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