A nova invasão destes insetos complica uma situação alimentar que já estava a ser agravada pela propagação da pandemia da covid-19, que dificulta a aplicação de medidas para atacar o problema, salienta o CIR num comunicado citado pela agência de notícias espanhola, a Efe.
A praga, que chegou à África Oriental há um ano, arrasou centenas de milhares de hectares de plantações em pelo menos oito países, mas o novo surto pode gerar prejuízos oito mil vezes maiores do que os que foram gerados no princípio deste ano.
“O gafanhoto do deserto é a praga migratória mais perigosa do mundo; um enxame de gafanhotos com um quilómetro quadrado é capaz de consumir a mesma quantidade de alimentos num dia que aproximadamente 35 mil pessoas”, explicou o diretor de Recuperação Económica desta organização humanitária, Barri Shorey.
“O pior surto em 70 anos junta-se com um ano de seca e inundações, e agora uma pandemia de covid-10 impede que as pessoas trabalhem e plantem, o que coloca um risco sem precedentes para a segurança alimentar”, concluiu o responsável.
Em março, o Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas já tinha alertado que a praga de gafanhotos no Oriente de África desde o ano passado estava a aumentar e era a pior que o Quénia tinha enfrentado nos últimos 70 anos.
A praga estendeu-se depois a outros países como a Eritreia, Sudão do Sul, Tanzânia e Uganda.
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