“Tal como sublinho todos os anos, foi deliberadamente estabelecida uma fasquia muito alta aquando do lançamento do Prémio em 2006. Reconhecemos e aplaudimos os importantes contributos que muitos líderes africanos deram para a mudança positiva nos seus países. Porém, o prémio visa distinguir e celebrar a liderança verdadeiramente excecional, o que, por definição, é invulgar”, justificou o presidente do coletivo, Salim Ahmed Salim.
Todos os anos são candidatos ao prémio ex-chefes de Estado ou de governo africanos que cessaram funções nos três últimos anos civis (neste caso, entre 2014 e 2016) após terem sido democraticamente eleitos e cumprido o seu mandato de acordo com a constituição do país.
O prémio foi lançado em 2006, mas até agora só foi atribuído quatro vezes, duas das quais a antigos chefes de Estado lusófonos: Joaquim Chissano, de Moçambique, em 2007, e Pedro Pires, de Cabo Verde, em 2011.
Festus Mogae, do Botsuana (2008), e Hifikepunye Pohamba, da Namíbia (2014), foram os dois outros laureados, enquanto Nelson Mandela foi distinguido como vencedor honorário inaugural, em 2007.
No júri fazem parte Graça Machel, presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade (FDC), Aïcha Diallo, ex-ministra da Educação da Guiné, Martti Ahttisaari, ex-presidente da Finlândia, Mohamed ElBaradei, antigo diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica, a ex-presidente da Irlanda Mary Robinson, e Festus Mogae.
Criado pela Fundação Mo Ibrahim, financiada pelo empresário sudanês com o mesmo nome, o prémio pretende oferecer segurança monetária a dirigentes africanos que abandonem o poder.
O valor do prémio, no valor total de cinco milhões de dólares norte-americanos (4,72 milhões de euros no câmbio atual), é distribuído durante dez anos em parcelas de 500 mil dólares (472 mil euros).
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