"Percebe-se que quem está no exercício da função queira adiar o mais possível [um possível anúncio de recandidatura] para não haver confusão entre Presidente e candidato", referiu, considerando ser diferente a situação de candidatos já assumidos a Belém, que precisam de tempo para a sua afirmação.
O líder social-democrata falava aos jornalistas durante uma visita à 54.ª feira Capital do Móvel, que decorre desde sábado e até ao próximo domingo na Alfândega do Porto, sob organização da Associação Empresarial de Paços de Ferreira (AIPO).
Questionado sobre o problema para o PSD caso o atual Presidente não avance e tenha de equacionar apoio a outra candidatura, Rui Rio respondeu: "Não vou, a partir daqui, dizer ao professor o que é que deve decidir" e em que 'timing'.
Em junho, numa entrevista à rádio TSF, Rui Rio garantiu que o “mais provável” é o PSD declarar o apoio a Marcelo Rebelo de Sousa nas presidenciais. Acrescentou que assim que o atual Presidente da República anunciar a recandidatura no “dia seguinte” o partido toma uma posição.
Sobre a anunciada candidatura à Presidência da República da diplomata e ex-eurodeputada socialista Ana Gomes, o líder social-democrata foi lacónico: "Não tenho nenhum comentário a fazer à candidatura da doutora Ana Gomes. Ela é livre e como qualquer português com mais de 35 anos pode-se candidatar a Presidente da República. Tomou essa decisão, nós respeitamos".
Ana Gomes confirmou à agência Lusa que vai ser candidata a Presidente da República e que a sua candidatura será publicamente apresentada na quinta-feira. Esta notícia sobre a candidatura presidencial de Ana Gomes foi avançada pelo jornal Público, a quem a ex-dirigente socialista declarou: "Serei candidata".
Ainda mais lacónico foi Rui Rio, quando instado a comentar o que disse hoje André Ventura da candidatura de Ana Gomes.
"Não ouvi esse comentário, mas também se ouvisse não iria comentar", disse o presidente social-democrata.
Em declarações à agência Lusa, o candidato presidencial e líder do Chega André Ventura declarou: “Numa certa metáfora, Ana Gomes é a candidata cigana destas Presidenciais. Eu sou o português comum”.
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