Segundo uma nota hoje divulgada pela Presidência da República, o chefe de Estado e Comandante Supremo das Forças Armadas "continua a acompanhar a situação na RCA" e "voltou a falar esta manhã com o comandante do contingente português" naquele país, "para se inteirar das delicadas situações com que este contingente tem estado confrontado".
"O chefe de Estado tem-se informado frequentemente do desenrolar da difícil missão da Força Nacional Destacada na RCA", lê-se na nota divulgada no portal da Presidência da República na Internet.
Na terça-feira, uma patrulha militar portuguesa na RCA foi atacada por "elementos armados", com os quais trocou tiros, na localidade de Bambari, a 400 quilómetros da capital, comunicou hoje o Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA).
De acordo com o EMGFA, pelas 17:30 de terça-feira, a patrulha ao serviço da missão das Nações Unidas naquele país envolveu-se em confrontos com elementos armados "que atacaram os capacetes azuis no local, tendo ocorrido troca de tiros".
O Estado-Maior adiantou que "elementos da população" apedrejaram a patrulha e as viaturas em que seguiam, provocando ferimentos ligeiros na perna a um militar português atingido por uma pedra, que foi observado pela equipa médica e se encontra bem.
Portugal é um dos países que integra a missão da Organização das Nações Unidas (ONU) para a estabilização da República Centro-Africana, a MINUSCA.
No início de março, a 3.ª Força Nacional Destacada (FND) partiu para a República Centro-Africana: um contingente composto por 138 militares, dos quais três da Força Aérea e 135 do Exército, a maioria oriunda do 1.º batalhão de Infantaria Paraquedista.
A República Centro-Africana é um país atormentado por um conflito desde 2013.
As autoridades centro-africanas apenas controlam uma pequena parte do território nacional. Num dos países mais pobres do mundo, vários grupos armados disputam províncias pelo controlo de diamantes, ouro e gado.
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