A saída, que foi aceite pelo Ministério da Defesa, ocorre numa altura em que a empresa de manutenção e reparação naval, 100% de capitais públicos, aguarda da tutela autorizações para usar os recursos financeiros próprios para investimentos na modernização industrial e tecnológica dos equipamentos e instalações.

Em declarações à Lusa, Andreia Ventura, cujo mandato se iniciou em 2015 e tinha terminado em dezembro, podendo ser renovado, disse que decidiu aceitar um convite para o setor privado.

Numa mensagem dirigida hoje aos trabalhadores da empresa, Andreia Ventura manifesta “esperança e a convicção” de que a tutela “continuará a pugnar” pelo futuro da Arsenal do Alfeite, que emprega 494 funcionários e iniciou o recrutamento de mais 42 para o segundo semestre do ano.

O recrutamento de mais 42 trabalhadores – nove engenheiros, dois técnicos especialistas e 31 operários navais -, é “essencial para o futuro da Arsenal do Alfeite” disse à Lusa Andreia Ventura à margem de uma visita dos deputados da comissão parlamentar de Defesa, na quarta-feira, mas, advertiu, faltam outros investimentos na modernização das capacidades da empresa.

Como exemplo, a presidente cessante do conselho de administração, frisou que foi pedida autorização ao Governo para a transição de saldos em 25 de janeiro, num montante de oito milhões de euros para a empresa poder avançar “com investimentos essenciais”.

A Arsenal do Alfeite, que assegura a reparação e manutenção dos navios da Marinha, "tem um potencial espantoso, mas é preciso ação” por parte do Governo, advertiu.

“Não temos dívidas e hoje pagamos a 30 dias e recebemos a 30 dias. Mas, é absolutamente essencial o investimento na modernização da Arsenal para garantir o seu futuro”, acrescentou.

Durante a visita dos deputados da comissão de Defesa, representantes dos trabalhadores manifestaram preocupação com o futuro da empresa e entregaram aos deputados uma carta a exigir um “esclarecimento” por parte da tutela sobre esta questão, considerando que “não é admissível que se continue a protelar a libertação de verbas que, afinal, pertencem à Arsenal do Alfeite S.A.”.

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