A 01 deste mês, o Eduskunta (Parlamento finlandês) aprovou com 184 votos a favor e sete contra a adesão do país nórdico à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), uma decisão histórica que pôs fim a décadas de neutralidade militar e que visa agora fortalecer a segurança contra uma eventual agressão da vizinha Rússia.
O processo de adesão da Finlândia, que se candidatou em maio de 2022, ao mesmo tempo que a Suécia, será concluído assim que for ratificado pela Hungria e pela Turquia, os dois únicos membros da NATO que ainda não o aprovaram.
Depois de adiar várias vezes o debate e a subsequente votação parlamentar sobre a entrada dos dois países nórdicos na Aliança Atlântica, Budapeste anunciou recentemente que o Parlamento irá votar a favor da entrada da Finlândia na próxima segunda-feira.
Por seu lado, há cerca de uma semana, durante uma visita de Niinistö a Istambul, o Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, afirmou que Ancara dará “luz verde” à adesão da Finlândia na NATO, embora ainda não se saiba quando terminará o processo de ratificação no Parlamento turco.
As autoridades finlandesas querem que a adesão à NATO seja concluída o mais rapidamente possível, a tempo de poderem participar na Cimeira da Aliança Atlântica, que decorrerá na Lituânia, a 11 e 12 de julho como membros de pleno direito.
O objetivo inicial de Helsínquia era formalizar a adesão ao mesmo tempo que a Suécia, mas a relutância da Hungria e, sobretudo, da Turquia à entrada de Estocolmo poderá prolongar o processo sueco.
No final de fevereiro, o primeiro-ministro húngaro, o ultranacionalista Viktor Orbán, garantiu que, embora apoie a integração, tanto a Suécia como a Finlândia “espalham mentiras” sobre a situação da democracia e do Estado de direito na Hungria.
Erdogan mantém o veto à entrada da Suécia por Estocolmo se recusar a extraditar pessoas que Ancara considera ligadas a organizações terroristas, especialmente da esfera curda, e exige a continuação das negociações.
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