Sissoco Embaló visitou o Ministério do Interior para informar Indi de que é o novo ministro daquela pasta, passando a ocupar o lugar de Adiatu Nandigna, exonerada, verbalmente, pelo chefe de Estado, na passada segunda-feira.

Nessa data, durante uma parada das diferentes polícias que compõem o Ministério do Interior, Umaro Sissoco Embaló tinha informado que ia assumir, cumulativamente, aquela pasta e a da Defesa Nacional, até à entrada em funções do novo Governo.

“O Presidente da República tinha assumido o Ministério do Interior e da Defesa, mas o secretário de Estado, Marciano Indi, agora substituiu-me para passar a ser Ministro do Interior e gerir assuntos correntes até segunda ordem”, afirmou Embalo.

O Presidente guineense adiantou que o novo Governo será conhecido na próxima semana e que até lá Marciano Índi vai liderar o Ministério do Interior, em concertação com o ainda primeiro-ministro do Governo em gestão, Geraldo Martins.

Na segunda-feira, Embalo dissolveu o parlamento e anunciou o fim do Governo saído das eleições de junho passado, em decorrência do que afirma ser uma tentativa de golpe de Estado que estava em curso no país.

O golpe estaria a ser preparado pela Guarda Nacional, de acordo com o Presidente e o chefe das Forças Armadas, general Biague Na Ntan.

Dirigindo-se ao novo ministro do Interior, Umaro Sissoco Embaló exortou a que não haja retaliações no Ministério do Interior.

“Vocês todos são irmãos. Houve uma tentativa de golpe de Estado, mas na guerra quem se render não pode ser violentado e isso não pode fazer parte de nós”, observou Embalo, referindo-se aos militares da Guarda Nacional.

O Presidente guineense afirmou que o Governo atual deve continuar a trabalhar e apelou à população a continuar com as atividades normais.

“A Guiné-Bissau não pode parar, até à próxima semana vai haver um novo Governo e toda a gente tem de ir trabalhar”, sublinhou Umaro Sissoco Embaló.