Marcelo Rebelo de Sousa e o presidente da Assembleia da República regressaram hoje, cerca das 19:30, ao Mosteiro dos Jerónimos para prestar uma homenagem a Mário Soares, depois de terem recebido, ao início da tarde, o cortejo fúnebre do antigo chefe de Estado.
À saída, cerca de 50 minutos depois, o Presidente da República foi questionado sobre a homenagem que os portugueses estão a prestar a Mário Soares, tendo sido curto nas palavras para dizer que é "muito impressionante" e mostra "realmente a gratidão do país em relação a Mário Soares".
Interrogado sobre se os portugueses estavam a responder ao pedido que o Presidente da República tinha feito, Marcelo respondeu apenas que "responderam ao apelo da história".
O chefe de Estado saiu dos Jerónimos acompanhado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Santos Silva, tendo o Governo estado igualmente representado ao início da noite nos Jerónimos pelo ministro da Agricultura, Capoulas Santos, da Presidência e da Modernização Administrativa, Maria Manuel Leitão Marques, e do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques.
A secretária de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência, Ana Sofia Antunes, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Rocha Andrade, e a secretária de Estado Adjunta e da Educação, Alexandra Leitão.
Também presentes estiveram os ex-ministros António Vitorino, Alberto Costa e Nuno Severiano Teixeira, bem como o ex-secretário de Estado José Magalhães e o ex-deputado Paulo Mota Pinto.
Mário Soares morreu no sábado, aos 92 anos, no Hospital da Cruz Vermelha, em Lisboa.
O Governo português decretou três dias de luto nacional, até quarta-feira.
O corpo do antigo Presidente da República está em câmara ardente no Mosteiro dos Jerónimos desde as 13:10 de hoje, depois de ter sido saudado por milhares de pessoas à passagem do cortejo fúnebre pelas principais ruas da capital com escolta a cavalo da GNR.
O funeral realiza-se na terça-feira, pelas 15:30, no Cemitério dos Prazeres, em Lisboa, após passagem do cortejo fúnebre pelo Palácio de Belém, Assembleia da República, Fundação Mário Soares e sede do PS, no Largo do Rato.
Nascido a 07 de dezembro de 1924, em Lisboa, Mário Alberto Nobre Lopes Soares, advogado, combateu a ditadura do Estado Novo e foi fundador e primeiro líder do PS.
Após a revolução do 25 de Abril de 1974, regressou do exílio em França e foi ministro dos Negócios Estrangeiros e primeiro-ministro entre 1976 e 1978 e entre 1983 e 1985, tendo pedido a adesão de Portugal à então Comunidade Económica Europeia (CEE), em 1977, e assinado o respetivo tratado, em 1985.
Em 1986, ganhou as eleições presidenciais e foi Presidente da República durante dois mandatos, até 1996.
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