Lula da Silva, presidente do Brasil, afirmou estar a “torcer para Kamala Harris ganhar as eleições” nos Estados Unidos da América (EUA) para “o fortalecimento da democracia”, numa entrevista ao canal francês LCI, a quatro dias das eleições presidenciais norte-americanas.

"Acredito que, para o fortalecimento da democracia nos Estados Unidos da América, seria mais adequado a eleição de Kamala Harris à presidência”, declarou Lula durante a entrevista, sem mencionar o nome do adversário republicano, Donald Trump.

"Lembremos o ataque ao Capitólio", continuou Lula, acrescentando que “o ódio está a espalhar-se nos EUA, mas também na Europa e na América Latina”.

“A democracia é a coisa mais sagrada que o ser humano construiu. Eu, obviamente, estou a torcer para que Kamala ganhe as eleições”, disse Lula.

Questionado sobre o conflito na Ucrânia, Lula reiterou que há “sempre uma oportunidade de construir a paz” e disse acreditar no “diálogo”.

"Acho que é possível. O problema é que nem Zelensky, nem Putin querem sentar-se para discutir isso", prosseguiu.

Lula confirmou que nem o presidente russo, Vladimir Putin, nem o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, estarão presentes na cimeira do G20 no Brasil, em novembro.

“Não os convidámos porque não achamos que a cimeira do G20 seja um espaço para isso”, declarou.

Putin anunciou, em meados de outubro, que não pretendia comparecer à cimeira do G20, no Brasil, prevista para os dias 18 e 19 de novembro, para não "a perturbar", uma vez que é alvo de um mandado de detenção do Tribunal Penal Internacional (TPI).