“Visitei vários países para tentar rebentar a bolha de Bruxelas e fazer com que as nossas populações, especialmente os jovens, votem. Não é uma tarefa fácil, cada vez mais dificultada pelas sucessivas tentativas em vários países de propagar desinformação e propaganda de intervenientes hostis ao projeto europeu”, disse Roberta Metsola numa intervenção a que a Lusa teve acesso.
Perante os presidentes e primeiros-ministros da UE, Roberta Metsola alertou que há intervenientes de países terceiros que querem “vender narrativas falsas” sobre a União Europeia, em comunidades e áreas específicas, “a um nível nunca visto em eleições europeias”.
“É uma ameaça e precisamos de estar preparados. Há ferramentas legislativas e não só à nossa disposição, em particular para usar com as redes socais […], precisamos de estar preparados para transmitir as nossas mensagens online”, acrescentou.
“Não podemos deixar que esta narrativa destrutiva, a propaganda e a desinformação se espalhem sem contra-atacá-la”, completou.
Roberta Metsola dramatizou que há um caminho que tem de acompanhar o processo legislativo europeu: “É preciso perceber que assim que aprovamos uma lei, há um caminho digital que temos de enfrentar. É uma realidade em constante mutação e nós precisamos de estar preparados para lidar com ela em todas as plataformas.”
As eleições europeias, entre 6 e 9 de junho, serão “um teste aos sistemas europeus”, por isso a transmissão de uma mensagem correta “é ainda mais essencial”, advertiu a presidente do Parlamento Europeu.
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