O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou no sábado que pretende facilitar a obtenção de cidadania russa a todos os ucranianos, depois de ter feito alguns dias antes a mesma oferta para os habitantes das regiões separatistas da Ucrânia oriental.
Já em mensagem no sábado à noite através da rede social Facebook, Zelensky afirmou que pretende acordar dar “cidadania ucraniana a pessoas de todas as nações que sofrem sob regimes autoritários e corruptos”, desde logo os russos, que “sofrem mais do que todos”.
Zelensky, um comediante, foi eleito para a presidência ucraniana na semana passada e tomará posse no início de junho.
O político enfatizou ainda que, ao contrário do que está a acontecer na Rússia, os ucranianos “têm liberdade de expressão e os meios de comunicação e internet são livres”.
Zelensky prometeu “relançar” as negociações com as regiões que se autoproclamaram independentes em 2014 e que a quem Kiev e o Ocidente acusam a Rússia de dar apoio militar – o que Moscovo nega.
Também na sua mensagem no Facebook, Zelensky instou Moscovo a não usar com a Ucrânia “a linguagem das ameaças ou das pressões militares ou económicas”.
A União Europeia condenou imediatamente a primeira oferta Putin de dar passaportes russos aos habitantes das regiões separatistas, acusando o presidente russo de tentar “desestabilizar” a Ucrânia, neste período de transição presidencial.
O Presidente eleito da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, tinha anunciado como uma das prioridades para o seu mandato acabar com a guerra com a Rússia, que já matou mais de 15 mil pessoas.
Na campanha eleitoral Zelensky não foi tão belicoso como era Poroshenko, relativamente à Rússia, e falou por várias vezes na intenção de encontrar uma solução pacífica para a zona de controlo separatista.
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