"As medidas de austeridade contribuíram para o abrandamento do crescimento na Europa", declarou o presidente norte-americano numa entrevista exclusiva ao diário italiano.
"Assistimos a anos de estagnação que alimentaram as frustrações económicas e os medos que vemos em todo o continente, sobretudo nos jovens que têm mais probabilidades de ficar desempregados", sublinhou Obama, numa referência a países europeus como Itália, Portugal, Grécia, França, Espanha, Irlanda e Chipre.
Neste contexto, o presidente do Conselho italiano tem razão em fazer reformas, mas também em exigir mais "espaço para efetuar os investimentos necessários e apoiar o crescimento e o emprego".
"E por isto penso que a visão e as reformar ambiciosas que o primeiro-ministro Renzi está a tentar aplicar são importantes", destacou.
O presidente norte-americano oferece esta noite, em Washington, um jantar de Estado em honra deMatteo Renzi, que recebe durante a manhã na Casa Branca.
A imprensa italiana considerou estas declarações um apoio dos Estados Unidos, algumas semanas antes de um referendo crucial, no qual Renzi aposta, em parte, o seu futuro político.
Obama defendeu ainda a globalização que considera positiva, mesmo que seja indispensável - garantiu - uma melhor distribuição dos benefícios.
"A nossa economia global integrada, incluindo o comércio, contribui para tornar a vida melhor para milhões de pessoas em todo o mundo", declarou o presidente norte-americano.
Obama defendeu a importância de concluir o acordo comercial em negociações entre a UE e os Estados Unidos, o TTIP (Parceria Transatlântica para o Comércio e Investimento), que parte dos países europeus mostra relutância em assinar.
"O TTIP não vai baixar as normas. Ao contrário, vai levar a um reforço em matéria de proteção dos trabalhadores e consumidores, e de proteção do ambiente", garantiu Obama.
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