“Se a questão se arrastar, todo o processo de adesão de novos membros na aliança militar tornar-se-á questionável”, disse o Presidente Sauli Niinistö numa entrevista à agência de notícias finlandesa STT.

Na capital da Lituânia, Vilnius, vai realizar-se a cimeira da NATO, entre 11 e 12 de julho deste ano, sendo que a Aliança Atlântica exige a aprovação por unanimidade dos seus membros no caso da admissão de novos países.

A Turquia e a Hungria são os únicos países da NATO, dos 30 membros que a integram, que não ratificaram ainda de adesão da Suécia e da Finlândia a esta aliança militar.

Embora a Hungria tenha prometido fazê-lo em fevereiro, a Turquia não mostrou vontade de ratificar a adesão dos dois países tão cedo.

No entanto, o Presidente finlandês disse que a decisão final da Turquia cabe ao seu homólogo turco, Recep Tayyip Erdogan.

“Acho que em nenhuma circunstância ele [o Presidente turco] se deixará influenciar por qualquer pressão pública”, disse Niinistö, lembrando que “se durante as negociações bilaterais entre a Turquia e os Estados Unidos alguma coisa surgir, isso pode ter impacto”.

A Turquia tem adiado a ratificação da adesão da Suécia e da Finlândia à Nato, pois não gostou, nomeadamente, das recentes manifestações realizadas em Estocolmo por ativistas que queimaram o Alcorão junto à Embaixada turca e penduraram uma efígie de Erdogan.

Em janeiro, Ancara adiou por tempo indefinido uma importante reunião em Bruxelas que discutiria a adesão dos dois países nórdicos na Nato.

O presidente finlandês disse, entretanto, que a Finlândia e a Suécia ouviram muitas declarações encorajadoras por parte da Nato na primavera passada — os dois países nórdicos tinham declarado a intenção de aderir à Nato em maio – sobre o assunto.