Numa altura em que o parlamento húngaro debate várias moções sobre o acordo e após meses de projetos de lei para desbloquear a aprovação, a Presidente admitiu que se trata de “uma decisão complexa com sérias consequências que precisa de ser considerada com cuidado”.
Katalin Novak sublinhou, no entanto, que a sua posição de apoio à adesão é clara.
“No contexto atual justifica-se o acesso destes países [à Organização do Tratado do Atlântico Norte – NATO]. Confio na Assembleia Nacional e na sua capacidade decisória para que esta medida seja aprovada o mais rapidamente possível”, afirmou numa mensagem publicada na rede social Facebook.
A Hungria e a Turquia são os únicos membros da Aliança Atlântica que ainda não ratificaram a entrada dos dois países nórdicos, cujo pedido de adesão foi apresentado na sequência da invasão da Ucrânia pela Rússia, país que faz fronteira com a Finlândia.
As autoridades húngaras têm adiado repetidamente a votação, alegando que o Governo não quer “pressionar Ancara”, que paralisou as negociações devido a diferendos com a Suécia.
A Turquia indicou, em várias ocasiões, que não se opõe à entrada da Finlândia na Aliança, mas acusa a Suécia de, entre outros aspetos, não extraditar indivíduos acusados de pertencerem a organizações curdas declaradas pelas autoridades turcas como grupos terroristas.
Os restantes Estados-membros assinaram o acordo para a entrada da Suécia e da Finlândia em 5 de julho de 2022.
O processo de adesão será concluído quando todos os Estados ratificarem o protocolo.
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