“Estou muito preocupado com a situação da seca, como demonstrei indo a uma barragem há uma semana, mas ali concretamente estou preocupado com o abastecimento de água às populações”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, à margem da cerimónia comemorativa dos 90 anos da marca de cerveja Super Bock, em Leça do Balio, concelho de Matosinhos, no distrito do Porto.
Segundo o chefe de Estado, na visita que realiza esta tarde à albufeira da barragem de Fagilde estará acompanhado pelos presidentes das “autarquias mais diretamente afetadas” pela seca para ver e perceber o cenário caso não chova “daqui a oito, dez ou quinze dias”.
“Decidi ver com os meus olhos o que se passa com aquela barragem”, destacou, acrescentando que quer ouvir o que os autarcas pensam sobre a situação.
Marcelo Rebelo de Sousa disse ainda saber que “o Governo já anunciou que está preparado para tomar medidas e até já avançou com algumas delas, no caso de se manter a seca e não haver chuva nos próximos dias”.
O chefe de Estado chegará ao local pelas 18:30, antes de assistir ao jogo de preparação entre as seleções de futebol de Portugal e da Arábia Saudita, às 20:45, no Estádio do Fontelo, em Viseu, segundo fonte oficial da Presidência.
A barragem de Fagilde fornece água ao concelho de Viseu e a mais três concelhos em redor: Mangualde, Nelas e Penalva do Castelo.
No dia 31 de outubro, o Presidente da República esteve na barragem da Aguieira, no distrito de Coimbra, numa visita que não constava da agenda previamente divulgada — tal como esta à barragem de Fagilde.
Nessa ocasião, segundo uma nota que foi depois publicada pela Presidência da República, “numa envolvente de desolação, no meio de floresta ardida”, Marcelo Rebelo de Sousa visitou a barragem, “inteirando-se da preocupante situação das reservas de água”.
O chefe de Estado “trocou impressões com os técnicos ali presentes, que referiram que em vinte anos nunca viram um nível tão baixo da barragem”, lia-se na nota.
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